Feijão e Pulses

Agricultores reforçam práticas nutricionais para garantir maior qualidade do feijão

Para contornar déficit de mercado, produtores investem em tecnologias nutricionais diferenciadas visando aumentar a produtividade e qualidade dos grãos


Publicado em: 11/08/2014 às 12:10hs

Agricultores reforçam práticas nutricionais para garantir maior qualidade do feijão

Contando com variedades de feijão cada vez mais produtivas, agricultores da região sudoeste do Estado de São Paulo estão investindo em tecnologias nutricionais para garantir maior qualidade no produto final e conquistar melhores preços. Apesar das perspectivas desfavoráveis de mercado, causadas pela grande quantidade de grãos estocados no estado doParaná e da recente produção das lavouras de Goiás e Minas Gerais, o feijãocontinua entre as opções de cultura de agricultores paulistas.

Na Cooperativa Agro Industrial Holambra, na região de Paranapanema, quem já é produtor tradicional de feijão continuou apostando na cultura. É o caso do agricultor Simon Johannes MariaVeldt, que preside a Cooperativa. Simon antecipou o plantio, traçou novas estratégias nutricionais e apostou em produtos de alta tecnologia para o tratamento de 450 ha da variedade Bola Cheia. “Faz parte do meu plano de rotação de culturas e também dos investimentos em máquinas e irrigação que utilizo para o feijão.Após a colheita, tenho ainda a oportunidade de fazer a segunda safra com soja, milho ou algodão”, explica Simon.

Quem planta mais cedo pode conseguir melhores preços, porém, os riscos são maiores, explica o engenheiro agrônomo Ricardo Wernek. “O feijão requer cuidados nutricionais especiais e não resiste a baixas temperaturas durante os primeiros estádio vegetativos. Quem planta cedo, corre o risco de enfrentar geadas e perder todo trabalho. Essacultura também é muito sensível ao déficit hídrico”, explica. O agrônomo conta ainda que para compensar os preços baixos do mercado e garantir a venda da safra, o agricultor vai precisar de irrigação e um manejo integrado da nutrição reforçado para conseguir um produto final competitivo.

Planejamento - Já prevendo possíveis deficiências nutricionais comuns ao feijoeiro, Simon investiu em uma base de adubação no solo e na adubação nitrogenada via folha com o produto Coron 25, onde a planta metaboliza o nutriente gradativamente, para parte de sua lavoura. “A nutrição foliar se torna importante recurso para conseguir uma boa produção. Também é um recurso interessante quando se tem lavouras de alto potencial produtivo, onde a raiz tem dificuldade de absorver todos os nutrientes”, diz. “Para ter rentabilidade, apesar dos preços baixos, pretendo conseguir máxima produtividade com custo controlado, o que não é fácil. Minha meta é produzir em média 60 sacas por hectare. Tenho consciência que isto não é tão fácil, mas é possível, e pretendo chegar lá”, completa. A tecnologia da linha Coron é desenvolvida pela empresa norteamericana HelenaChemical Company e distribuída no Brasil pela Nutriceler.

Mais cuidados – O agricultor alerta ainda sobre o risco de doenças de solo que podem atacar as raízes e reduzir a capacidade produtiva do feijão. “A principal doença que aparece na nossa região é a Antracnose, transmitida pela semente e que pode ficar mais de um ano no solo. Por isso a importância de fazer rotação de culturas e usar sementes sadias”, resume Simon. O agricultor ressalta também que a raiz precisa estar saudável para conseguir suprir as plantas, que podem produzir rapidamente em 100 dias. “O solo deve estar bem corrigido e a adubação equilibrada. Deve-se ainda tomar cuidado com o uso de potássio na linha, que pode causar danos nas raízes”, alerta.

Em estoque – No estado de São Paulo, os produtores de feijão tiveram dificuldade para vender a safra. Com o mercado com preços abaixo doesperado, a alternativa mais interessante foi entregar os grãos para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que pagou R$95 por casa saca de 60kg do feijão tipo 1, quase 65% a mais que o oferecido pelo mercado.

Fonte: Nutriceler Soluções Nutricionais

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