Publicado em: 28/10/2025 às 17:30hs
A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) sediou, nesta quarta-feira (22/10), em Ribeirão Preto (SP), o lançamento nacional de 18 novas variedades de cana-de-açúcar, desenvolvidas por sete universidades federais integrantes da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa Brasil).
O evento também divulgou dados inéditos do Censo Varietal Nacional, indicando que 54% da cana colhida na safra 2024/25 no País corresponde a variedades criadas pela Rede, reforçando o impacto da Ridesa na produção nacional.
A Ridesa Brasil reúne atualmente dez universidades federais e mais de 300 bases de pesquisa em todo o País. Há mais de 35 anos, o programa atua no desenvolvimento de cultivares com foco em produtividade, qualidade e sustentabilidade, disponibilizando aos produtores 116 variedades de cana-de-açúcar.
As novas cultivares lançadas apresentam avanços significativos, incluindo:
Entre as variedades lançadas, a RB075322, desenvolvida pela UFSCar, se destaca por alta rusticidade, produtividade elevada e longevidade, já consolidada em polos produtores de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A cerimônia de abertura contou com a participação de:
Segundo Hermann Hoffmann, o programa é estratégico para o setor sucroenergético:
“A Ridesa é o maior programa de parceria público-privada do mundo voltado a uma cultura agrícola. Nosso objetivo é entregar produtividade ao setor e tornar o etanol de cana mais competitivo, oferecendo novas variedades que aumentam a produtividade e reduzem custos de produção.”
A Reitora Ana Beatriz de Oliveira destacou a relevância científica e social do trabalho:
“Além de desenvolver variedades que fortalecem a matriz energética limpa, a Ridesa forma pesquisadores que disseminam conhecimento e inovação em todo o País. O desenvolvimento dessas variedades movimenta o setor, gera desenvolvimento econômico, contribui para energia limpa e forma profissionais altamente qualificados.”
O evento também incluiu mesas-redondas sobre políticas públicas para bioenergia e sustentabilidade, reforçando a importância das pesquisas acadêmicas para a liderança do Brasil na transição para uma economia de baixo carbono.
As novas variedades de cana representam, portanto, não apenas avanços técnicos e produtivos, mas também contribuição estratégica para a economia sustentável e o setor energético nacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
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