Publicado em: 30/11/2023 às 11:00hs
De acordo com o relatório da StoneX, a safra atual (2023/24) contou com um canavial mais jovem e produtivo, aliado a condições climáticas favoráveis, fatores que explicam a redução esperada para o próximo ciclo. A StoneX projeta preliminarmente que o TCH médio na região diminuirá 5,0%, atingindo 82,8 toneladas/hectare em 2024/25, ainda 8,3% acima das médias das últimas cinco safras.
Apesar da queda na moagem, a produtividade prevista ainda seria significativamente superior à média histórica. A expectativa é que a área canavieira se recupere em 2024/25, com usinas colhendo parte da cana que não pôde ser processada na safra atual. A StoneX também projeta uma ampliação na área colhida de 3%, totalizando 7,6 milhões de hectares, devido às condições favoráveis para investimentos no setor sucroenergético.
Mesmo com a redução na moagem, a produção de açúcar na principal região produtora do país deverá atingir um novo recorde, alcançando 43,2 milhões de toneladas, um aumento de 3,3% em relação ao ano anterior. Isso se deve à maior destinação de cana para a produção de açúcar, impulsionada pelos preços internacionais próximos de máximas em 12 anos na bolsa ICE.
O "mix" de cana para açúcar em 2024/25 deve crescer para 51,4%, ante 49% na safra anterior, conforme apontado pela StoneX. Essa tendência é influenciada pelos preços favoráveis do açúcar no mercado global, que, por sua vez, são impactados pela redução na produção de importantes players globais.
A produção de etanol na região centro-sul, para a safra que se inicia em abril de 2024, é estimada em 32,2 bilhões de litros, refletindo uma queda de 2% em relação ao ano anterior, devido à menor moagem e à maior destinação de cana para o açúcar. A produção de etanol de cana deverá cair 6,1%, enquanto o biocombustível de milho apresentará um aumento de 16,7%, atingindo 7 bilhões de litros. A consultoria destaca que o mercado de etanol ainda não encontra um suporte sólido para aumentar seus preços e competir com o açúcar, mesmo com a recuperação na demanda.
Fonte: Portal do Agronegócio
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