Cana de Açucar

Rabobank antevê mais um ano promissor para cana, açúcar e etanol em 2024

O Rabobank apresenta um relatório detalhado com perspectivas otimistas para o agronegócio em 2024, focando nas projeções para cana-de-açúcar, açúcar e etanol


Publicado em: 04/12/2023 às 18:00hs

Rabobank antevê mais um ano promissor para cana, açúcar e etanol em 2024

Após a expressiva recuperação da produtividade nos canaviais do centro-sul em 2023/24, a expectativa é de uma safra robusta, com um volume estimado em 610 milhões de toneladas na região para 2024/25.

A projeção indica que a safra será novamente açucareira, prevendo uma produção de 40,9 milhões de toneladas de açúcar no ciclo 2024/25, superando os 40,4 milhões de toneladas projetados para 2023/24. Com os preços elevados do açúcar compensando as oscilações no mercado de etanol e os custos fixos diluídos pela significativa moagem em 2023/24, as empresas devem iniciar 2024/25 com robustez financeira.

A peculiaridade de 2023/24 ofereceu uma safra abençoada para a produção de açúcar no centro-sul do Brasil, com boas perspectivas para 2024/25 em termos de volume e preço. Entretanto, desafios podem surgir nas últimas semanas de 2023 e no primeiro trimestre de 2024, com fatores climáticos desempenhando um papel crucial.

Apesar das incertezas na reta final da safra 2023/24, é provável que novos recordes sejam atingidos, com projeções de moagem em 625 milhões de toneladas e produção de açúcar em 40,4 milhões de toneladas. As exportações, um ponto de atenção, podem enfrentar gargalos logísticos devido aos volumes expressivos de soja, milho e açúcar destinados à exportação.

Para 2024/25, a previsão inicial sugere outra grande safra, mantendo a área total de colheita igual à safra anterior. O Rabobank projeta uma produção de 40,9 milhões de toneladas de açúcar em 2024/25, com uma moagem estimada em 610 milhões de toneladas.

No cenário internacional, a menor produção na Índia e Tailândia, devido a fatores climáticos, contribui para um déficit global de açúcar, sustentando os preços em níveis historicamente elevados. O Brasil, contudo, enfrenta desafios no setor de etanol devido à alta oferta e à competição com a gasolina.

O governo brasileiro planeja elevar a mistura máxima de etanol anidro na gasolina para 30%, mas a perspectiva para 2024/25 continua a sugerir um cenário açucareiro. Investimentos em capacidade de cristalização e outras tecnologias são fundamentais para maximizar a competitividade do setor.

Pontos de Atenção:
  • Atrasos nos embarques e filas nos portos de Santos e Paranaguá devido ao fluxo de soja, milho e açúcar, somados às chuvas de verão, podem impactar os preços do açúcar e gerar custos adicionais.
  • Incertezas globais e locais no mercado de combustíveis para 2024, incluindo conflitos internacionais e propostas governamentais para fiscalização de preços.

Fonte: Portal do Agronegócio

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