Cana de Açucar

Controle biológico e novas variedades de plantas no combate a pragas da cana-de-açúcar

BP Bunge Bioenergia investe em alternativas para reduzir utilização de defensivos químicos em suas lavouras


Publicado em: 22/04/2021 às 09:00hs

Controle biológico e novas variedades de plantas no combate a pragas da cana-de-açúcar

Para reduzir a utilização de defensivos agrícolas de base química, a BP Bunge Bioenergia - uma das maiores companhias do setor sucroenergético do País - tem investido em pesquisa, desenvolvimento e na aquisição de alternativas para o uso de controle biológico de pragas ou de variedades de cana-de-açúcar resistentes às ameaças à cultura vegetal. 

Esse é o caso da vespa Cotesia Flavipes, utilizada nos canaviais para o controle biológico da broca-da-cana, espécie de larva de mariposa que provoca grandes perdas de produtividade na cultura da cana-de-açúcar. Inclusive, as larvas da cotesia, que combatem a praga se alimentando da broca-da-cana, são depositadas em recipientes e lançadas no canavial por Drones, a partir de um planejamento georreferenciado para a melhor eficiência de localização, garantindo resultados adequados ao manejo biológico. 

Já para o combate à cigarrinha, inseto que suga a seiva das raízes da cana, injetando uma toxina que reduz a produtividade da planta, a empresa utiliza o fungo Metarhizium Anisopliae. 

Também um outro grande desafio é combater o Sphenophorus levis, ou bicudo da cana-de-açúcar. Para enfrentar esta praga, a BP Bunge é pioneira no uso da tecnologia dos nematoides entomopatogênicos (Heterorhabditis bacteriophora), com resultados promissores. 

"Sempre que possível, priorizamos as alternativas biológicas para combater as pragas que causam perdas às lavouras de cana-de-açúcar. A evolução das pesquisas tem ampliado o leque de alternativas aos tradicionais defensivos agrícolas, o que é bom para o setor e melhor para o meio ambiente", afirma Rogério Bremm, diretor Agrícola da BP Bunge Bioenergia. 

Alternativas para a broca gigante 

O combate à broca gigante vem sendo estudado e a BP Bunge, juntamente com outros parceiros, está na linha de frente dessas pesquisas. Uma das linhas de estudo utiliza os nematóides entomopatogênicos, um tipo de verme do solo, no combate à broca gigante, já que se alimentam das larvas da broca, interrompendo seu ciclo de desenvolvimento. 

Outra alternativa que vem sendo testada pela companhia para o controle da broca gigante é a utilização de variedades de cana-de-açúcar desenvolvidas pelo CTC - Centro de Tecnologia Canavieira, adotadas nessa fase de testes na Unidade Pedro Afonso (TO). 

Mudas Pré-Brotadas - MPB 

Outra alternativa para reduzir a ocorrência de pragas e doenças em seus canaviais, com menor uso de defensivos de base química, está no manejo do plantio, pelo uso de Mudas Pré-Brotadas (MPB) a partir de variedades desenvolvidas especificamente para cada uma das 11 unidades da companhia, de acordo com as características geográficas, geológicas e climáticas de cada região. 

Para isso, a BP Bunge possui o Núcleo de Produção de MPB na unidade Moema, em Orindiúva (SP), que produz cerca de 3,4 milhões de mudas de cana-de-açúcar ao ano. 

O desenvolvimento das novas variedades de mudas é feito pelos parceiros da empresa, como o IAC (Instituto Agronômico de Campinas), CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) e Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético), a partir de técnicas de melhoramento genético, que considera também a resistência a pragas. 

Essa produção própria tem inúmeras vantagens para garantir: a sanidade da planta, que foi produzida em um ambiente controlado; a rastreabilidade e confiança da origem do material e da produção de qualidade a partir de testes feitos no viveiro; e a tendência de crescimento mais rápido, pois, caso a muda MPB seja plantada em um regime adequado de chuvas, a evolução chega a ser 20% maior em comparação a outros métodos de plantio. 

"Atualmente, ainda não é possível dispensarmos o uso de defensivos agrícolas tradicionais, pois enfrentamos em alguns casos pragas muito agressivas, com danos potenciais e que não são completamente eliminadas por agentes biológicos. Mas continuamos dedicados às pesquisas científicas que possuem avanços muito rápido, são dinâmicas e tendem a evoluir muito rápido, trazendo novas alternativas mais eficientes", diz Bremm. 

Em terras próprias, a companhia também promove o manejo e a rotação com outras culturas vegetais, como crotalária, soja, amendoim etc., além de outras práticas mecânicas para eliminação das pragas de solo, o que contribui no combate a pragas e na renovação do solo para o replantio da cana-de-açúcar. 

Fonte: BP Bunge Bioenergia

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