A Case IH realizou a capacitação de 10.000 operadores de colhedoras de cana-de-açúcar, sendo treinadas em média 3.300 pessoas por ano, algo inédito para o segmento sucroalcooleiro. A ação foi oficializada na Usina Iracema, em Iracemápolis (SP), unidade pertencente ao Grupo São Martinho, um dos maiores produtores de cana do Brasil.

O evento, que aconteceu nesta quarta-feira (6), contou com a entrega de certificados aos alunos. Formado tanto por pessoas experientes (mas que querem se reciclar) como por quem desconhece a atividade mecanizada, a turma recebe treinamento teórico - o que inclui a utilização de um simulador - e prático, com a colhedora série A8000 sendo usada no campo. Ao todo, são 24 horas de treinamento divididas em três dias.

Segundo o gerente de Serviços da Case IH, Auri Orlando, a marca oferece seu sistema completo de produtos e serviços no treinamento. “A capacitação é fundamental para dar suporte aos clientes. Um operador bem-treinado pode utilizar os equipamentos de forma mais produtiva, podendo garantir um forte desempenho dos maquinários”.

Auri reforça que o operador capacitado reduz os custos da lavoura e aumenta a produtividade, já que tem acesso a questões como agricultura de precisão, que incide em economia de combustível e a alta disponibilidade dos equipamentos.

Leandro Previero, coordenador de Serviços Regionais da Case IH, destaca que, com o avanço tecnológico, ficou super simples operar as colhedoras. “A tecnologia não veio para atrapalhar, mas para facilitar”. Ele destaca que, este ano, o mercado brasileiro de colhedoras alcançou 1.100 máquinas vendidas, sete vezes mais que o número comercializado em 2005 (150 unidades). Para cada colhedora, são necessários cinco trabalhadores, que atuam na colheita durante 24 horas por dia.

A fábrica da Case IH em Piracicaba é responsável por produzir todas as colhedoras de cana da marca no mundo, garantindo também a exportação dessas máquinas.

Protocolo Agroambiental

O treinamento de operadores de colhedoras vai ao encontro de um tema muito discutido no Estado de São Paulo: o Protocolo Agroambiental. Assim, são antecipados os prazos para a eliminação da queimada. De 2021 para 2014, nas áreas onde já é possível a colheita mecanizada, e de 2031 para 2017, nas áreas em que não existe tecnologia adequada para a mecanização.

Sem a queimada, que é usada para facilitar o corte manual da cana, as máquinas são as soluções mais rápidas, práticas, econômicas e sustentáveis para que o Brasil continue sendo referência na produção de açúcar e etanol.