Publicado em: 23/06/2025 às 16:00hs
O setor de bioinsumos cresce de forma acelerada no Brasil, impulsionado pela busca por práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes. Para 2025, o País se prepara para um ano decisivo, com avanços em regulamentação, aumento da adoção, inovações tecnológicas e perspectivas de exportação, mantendo sua posição de destaque no cenário global. Essas tendências são destacadas na mais recente edição do informativo Sucroenergético 360º, disponível no site do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.
Enquanto Estados Unidos e Europa enfrentam burocracias e sistemas fragmentados, o Brasil avança com uma legislação ágil e moderna. A Lei nº 15.070/2024, sancionada em dezembro do ano passado, simplifica o registro dos bioinsumos, combinando flexibilidade e segurança para acelerar a inovação, reduzir custos aos produtores e fortalecer a competitividade verde do agronegócio brasileiro.
A nova lei estabelece um marco regulatório robusto, separando definitivamente os bioinsumos dos agrotóxicos e garantindo um tratamento diferenciado a esses produtos. Isso estimula o desenvolvimento de bioprodutos nacionais e reduz a dependência de insumos químicos importados.
Apesar dos avanços, ainda existem temas importantes em discussão, como a necessidade de acelerar a aprovação de novos produtos para atender à demanda crescente e a capacitação técnica dos produtores, especialmente os pequenos agricultores.
Pesquisadores do Cepea afirmam que o novo marco regulatório pode provocar um avanço significativo no setor de bioinsumos. Porém, para que isso ocorra, é fundamental superar desafios relacionados à fiscalização eficiente, treinamento técnico e infraestrutura adequada. Se bem implementado, o regulamento pode reduzir custos, aumentar a produtividade e consolidar o Brasil como uma potência global em bioeconomia.
A segurança jurídica proporcionada pela legislação tem atraído investimentos em biotecnologia agrícola, facilitando a colaboração entre os setores público, privado e acadêmico. No entanto, desafios permanecem: a flexibilidade para uso dos bioinsumos na propriedade exige fiscalização rigorosa pelo Ministério da Agricultura (Mapa) e pela Anvisa, para evitar produtos ineficazes no mercado.
Outro obstáculo é a resistência cultural e a falta de capacitação técnica, que dificultam a adoção em larga escala dessas tecnologias. Assim, somente os produtos eficazes e eficientes permanecerão competitivos no mercado.
O Brasil segue na vanguarda da transformação agrícola mundial, apostando na inovação e sustentabilidade para garantir o futuro do campo e sua posição de liderança no setor de bioinsumos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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