Cana de Açucar

Bicudo da cana pode reduzir produtividade em até 25 toneladas por hectare

Praga representa ameaça constante e exige manejo integrado para minimizar danos


Publicado em: 02/05/2024 às 14:30hs

Bicudo da cana pode reduzir produtividade em até 25 toneladas por hectare

A cana-de-açúcar é uma das culturas mais importantes do mundo, com mais de 100 países envolvidos em sua produção. O Brasil lidera esse mercado, movimentando mais de R$ 100 bilhões por ano. No entanto, para manter a produtividade, os agricultores enfrentam um desafio constante: o bicudo da cana (Sphenophorus levis). Essa praga pode causar uma redução de até 25 toneladas de cana por hectare por safra, ou seja, cada 1% de toco atacado equivale a uma perda de cerca de 1,6 toneladas de cana por hectare.

Maurício Oliveira, gerente de marketing regional da FMC, explica o impacto desse inseto: "As perdas não são apenas em toneladas de cana, mas também na qualidade da matéria-prima e na longevidade do canavial. Os canaviais geralmente têm entre 5 a 7 cortes. Em áreas com alta infestação do bicudo, esse número pode cair para apenas 3 ou 4 cortes. Isso representa um grande impacto na receita do produtor", alerta Maurício.

O bicudo da cana tem uma propagação peculiar: ele se espalha por cargas de cana usadas para mudas, colhedoras mal higienizadas e implementos agrícolas sujos. Por esses meios, a praga ultrapassou as fronteiras de São Paulo, chegando a Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás.

O bicudo é uma ameaça constante, presente ao longo de todo o ano, com adultos mais ativos durante o período úmido e larvas predominando no período seco. Para evitar danos significativos, é essencial que os agricultores adotem um manejo que interrompa o ciclo da praga.

A FMC, uma empresa de ciências agrícolas, oferece produtos para controlar o bicudo em diferentes estágios. A combinação de Premio® Star e Verimark® permite um controle eficaz ao longo do ano. "Premio® Star é usado no início e no meio da safra, entre abril e agosto, enquanto Verimark® é aplicado durante o período úmido, de setembro a março", detalha Maurício. Ambos os produtos têm forte ação inseticida, sistemicidade e um longo período residual.

Além de controlar o bicudo, essa combinação de produtos também ajuda no controle da broca-da-cana (Diatraea saccharalis) e da cigarrinha das raízes (Mahanarva fimbriolata). O uso integrado desses produtos é essencial para manter a saúde do canavial e garantir a produtividade. Maurício destaca que a chave é interromper o ciclo do bicudo: "Ao usar ambos os produtos, controlamos tanto os adultos quanto as larvas, reduzindo assim os danos ao canavial."

Para os agricultores, um manejo eficaz é fundamental para proteger suas colheitas e garantir uma produção saudável e sustentável. O bicudo da cana é um desafio real, mas com as ferramentas certas, é possível minimizar seu impacto no campo.

Fonte: Portal do Agronegócio

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