Cana de Açucar

Irrigação por gotejamento em cana-de-açúcar sob colheita mecanizada

O uso da irrigação por gotejamento em cana-de-açúcar também se iniciou no final da década de 90 no Brasil


Publicado em: 03/12/2020 às 09:10hs

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A colheita mecânica em cana-de-açúcar começou há quase 50 anos na Austrália, mas no Brasil, recebeu maior investimento somente a partir da década de 1990. O uso da irrigação por gotejamento em cana-de-açúcar também se iniciou no final da década de 90 no Brasil, e utilizam algumas características comuns que fazem as duas tecnologias viáveis.

As máquinas mais comuns são com a espaçamento no centro de 188 cm, como o John Deere 3520 ou Case A8000. O espaçamento mais utilizado para gotejamento é também de 1,8 m a 1,9 m, podendo ser combinados em fileiras duplas: 1,40 x 0,40 ou 1,50 x 0,40 ou fileiras simples de 1,4 a 1,5 m.

O projeto em campo quando se utiliza a irrigação por gotejamento deve ser projetado para adaptar- se ao sistema de colheita mecanizada, reduzindo ao mínimo o pisoteio das linhas. 

A irrigação é parte integrante de práticas avançadas de implementação agronômica, método que visa aumentar os rendimentos, portanto, a colheita mecânica de alto rendimento exige uma forte ênfase na manutenção e uniformidades dos canaviais.  Para isso, fatores como a velocidade da colhedora, altura do corte de base e manutenção das máquinas devem ser observados.

A colhedora possui um rendimento médio de 25 ton de cana/hora, ao passo que garante a colheita rendimentos elevados, sendo assim, a monitorização da velocidade é importante.

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Em um estudo realizado em parceria entre a Netafim e a John Deere Máquinas, na Fazenda Natal, localizada em Igaraçu do Tietê, em São Paulo, acompanhamos a colheita mecânica durante três anos. Nesse estudo foi avaliado que a colheita mecânica em fileiras duplas (1,4 x 0,4 m) seria bem sucedida, mantendo altos rendimentos e um bom estande para os anos seguintes. 

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Conforme observado nos resultados acima, é possível  colher canaviais de alto rendimento, sem que isso afete a produtividade. No entanto, alinhar o melhor espaçamento com o espaçamento das máquinas (transbordo e colhedora) é fundamental.

Por Daniel Pedroso, Especialista Agronômico Netafim

Fonte: Netafim

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