Publicado em: 06/06/2025 às 13:30hs
Minas Gerais, maior produtor de café do Brasil, tem visto mudanças significativas na agricultura familiar graças ao programa ATeG Café+Forte, do Sistema Faemg Senar. Produtores das cidades de Espera Feliz e Eugenópolis, na região das Matas de Minas, relatam histórias de superação e crescimento que mostram o valor da assistência técnica e gerencial no campo.
O casal Luiz Roberto de Almeida e Maria Terezinha Almeida tem uma pequena lavoura que renasceu há cerca de dois anos e meio com o suporte do programa. A produção inicial, que mal chegava a 30 quilos de café, deve alcançar mais de 40 sacas nesta safra, segundo o técnico de campo Mário Pechara.
Sem o uso de agroquímicos, o manejo manual inclui podas, rotação de culturas e controle de pragas com substratos produzidos na própria propriedade. Em 2023, a lavoura recebeu a primeira adubação e, atualmente, são realizadas pulverizações conforme a necessidade das plantas.
Com os bons resultados, Luiz Roberto, que antes trabalhava como pedreiro para sustentar a família, voltou a se dedicar integralmente à lavoura. “Estamos reaprendendo a cuidar da lavoura graças ao Senar Minas”, afirma ele, que já se tornou exemplo para os vizinhos. O técnico Mário ressalta que “a dedicação e o comprometimento da família estão fazendo toda a diferença”.
Além do ATeG, o casal também participa do Programa Gestão com Qualidade em Campo e destaca o apoio do Sindicato dos Produtores Rurais de Espera Feliz no processo.
Em Eugenópolis, o produtor Fábio Ramos Dias também deixou a construção civil para se dedicar exclusivamente à cafeicultura, após iniciar o acompanhamento pelo ATeG Café+Forte. Sob a orientação da técnica de campo Érika Leite, a produtividade saltou de cerca de 10 sacas por hectare em 2023 para 32 sacas por hectare na última safra.
Fábio celebra o avanço: “Nunca imaginei que o café me daria tudo que tenho hoje. Antes, vivia em um mundo pequeno; agora, minha visão mudou”.
Com o aumento da produção e o cenário favorável do mercado em 2024, ele adquiriu um novo terreno de quatro hectares, somando 17 mil plantas. Para melhorar ainda mais a qualidade do produto, já comprou um secador e construiu um terreiro.
O crescimento da propriedade é um projeto familiar. A esposa Elania Dias, o cunhado Maxuel e o filho Arthur, de 13 anos, participam das atividades. Fábio acredita que os benefícios alcançados com o ATeG Café+Forte motivam o filho a permanecer no campo: “Ele gosta muito do café e está vendo que tudo aqui vale a pena”.
Para a técnica Érika Leite, Fábio é um exemplo do potencial da cafeicultura regional e da transformação que o Sistema Faemg Senar proporciona aos produtores locais.
Fonte: Portal do Agronegócio
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