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Setor do café levará demanda de Pepro ao governo ainda esta semana

Em reunião realizada hoje (ontem) na sede do Conselho Nacional do Café (CNC), em Brasília, representantes da cadeia produtiva (foto: Paulo A. C. Kawasaki)decidiram que vão levar ao governo o pedido de realização de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) para o café, mecanismo que garante subsídio para se chegar ao preço mínimo do governo


Publicado em: 06/12/2013 às 18:00hs

Setor do café levará demanda de Pepro ao governo ainda esta semana

A informação é do presidente-executivo da entidade, Silas Brasileiro. Segundo ele, o Pepro permite o escoamento do café, já que o subsídio só é pago quando o produto é comercializado e é importante por “acrescentar renda ao produtor”. De acordo com Brasileiro, a proposta deve ser encaminhada ainda esta semana ao governo. “Não pensamos em retenção de café”, diz.

Brasileiro reforça que, com o Pepro, o produtor não precisa aguardar um valor maior pelo produto para escoar a sua produção.

Hoje os preços estão muito abaixo do mínimo estabelecido pelo governo, de R$ 307 por saca (arábica).

O setor enfrenta queda na renda, provocada pelo recuo dos preços do produto e aumento dos custos de produção.

Já foram realizados este ano leilões de opções de venda de 3 milhões de sacas. Se a opção for exercida, o café arábica poderá ser vendido ao governo em março de 2014 por um preço de referência de R$ 343 a saca.

Conforme Brasileiro, o governo teria R$ 400 milhões de reserva a fundo perdido que poderia ser alocado por meio da Secretaria de Produção para o Pepro. Com este montante, seria possível garantir um subsídio de R$ 50 por saca para o escoamento de 8 milhões de sacas.

Segundo Brasileiro, o último Pepro realizado para o café foi em 2009. “É de interesse de todos a manutenção da produção, que é o elo mais fraco”.

O presidente-executivo do CNC observa ainda que em 2015 a safra de café poderá cair a 40 milhões de sacas, resultado da redução dos tratos culturais em virtude dos preços baixos da commodity e também como consequência de uma característica da lavoura, que não consegue produzir mais de 3 safras “altas” consecutivas.

Fonte: Rede Social do Café

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