Maior estado produtor, do maior país produtor de café, Minas Gerais sediou na manhã desta segunda-feira, 9 de setembro, a abertura de um dos mais importantes eventos do agronegócio em 2013: a Semana Internacional do Café. O evento, realizado em Belo Horizonte, no Expominas, teve, na cerimônia de abertura, a presença de inúmeras autoridades, que só confirmam o prestígio e o valor que o café possui para Minas e para o Brasil.

Além de políticos, diretores de cooperativas, importadores, torrefadores e representantes de países-membros da Organização Internacional do Café (OIC) estiveram presentes, participando de importantes discussões sobre o mercado cafeeiro.

Entre as autoridades, destaque para os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Antonio Andrade (Agricultura), e Eduardo Santos (interino das Relações Exteriores). Também compareceram o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, e o diretor-executivo da OIC, Robério Silva.

A solenidade teve início com a fala do diretor-executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Robério Silva, que ressaltou a relevância da entidade para o setor e alertou sobre os riscos da queda do preço do café. “Os desafios que a OIC terá de enfrentar, tanto a curto quanto a longo prazo, estão diretamente ligados à questão da sustentabilidade, em suas três categorias: econômica, ambiental e política”, afirmou, que mostrou preocupação com relação ao cenário atual de preços baixos.

“Com custos de produção mais rígidos, como conseqüência de uma maior sustentabilidade econômica, social e ambiental, e maiores custos para conter enfermidades tais como a ferrugem que atinge vários países produtores, podemos esperar uma maior instabilidade de produção nos próximos anos”, revela o diretor, que reforçou a ênfase da entidade no planejamento e execução de planos estratégicos adotados pela OIC para evitar crises e promover melhorias, tanto nos preços como nas condições para os produtores.

13 milhões de sacas serão retiradas do mercado

O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, disse que, para sustentar os preços, o governo pretende retirar do mercado 13 milhões de sacas de café, por meio dos leilões dos contratos de opções de venda e dos financiamentos concedidos para apoiar a comercialização. ”Queremos reter 13 milhões de sacas, para que os preços possam ser remuneradores", declarou o ministro.

Andrade afirmou que o Estado realizará três leilões de contratos de opções de venda para três milhões de sacas de café. O primeiro será realizado na próxima sexta-feira (13) e os outros dois nos dias 20 e 27. Cada leilão terá oferta de contratos para um milhão de sacas. O ministro lembrou ainda que o governo federal, nesta safra, disponibiliza o montante recorde de R$ 5,8 bilhões para financiar o custeio das lavouras, estocagem, compra de café e capital de giro das indústrias e cooperativas.

A Semana Internacional do Café vai até quinta-feira, dia 12 de setembro, com inúmeros eventos relacionados ao mercado cafeeiro, como Rodadas de Negócios, campeonatos de baristas, de provadores, reuniões, palestras e plenárias.

A Semana Internacional do Café é promovida pelo governo de Minas Gerais, pela Faemg (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), pela OIC e pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.