Publicado em: 10/01/2014 às 18:45hs
A safra brasileira em café em 2014 foi estimada em média nesta quinta-feira em 48,34 milhões de sacas de 60 kg, caindo ante 2013, no que poderia marcar a primeira quebra no ciclo bianual do arábica na história recente do maior produtor mundial da commodity, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O café arábica, o mais cultivado no Brasil, tradicionalmente oscila altas e baixas anuais na produção. Este ano deveria ser o de ciclo positivo, mas as cotações do produto despencaram em 2013, o que levou cafeicultores a reduzirem os investimentos.
"Muitos produtores, com o preço baixo, anteciparam algumas podas drásticas, fizeram algumas podas do café, diminuíram os tratos culturais", explicou o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, em entrevista coletiva em Brasília.
A Conab estimou a safra total (arábica e robusta) em uma faixa de 46,53 milhões a 50,15 milhões de sacas para 2014, o que poderia ser uma redução de 5,4 por cento ante 2013 ou um crescimento de 2,02 por cento, respectivamente.
Apesar da notícia, os preços do café na bolsa de Nova York operavam em baixa nesta quinta-feira, com realização de lucros após um pico de contrato desde agosto nesta semana decorrente de notícias de uma safra menor do Brasil.
Na safra passada, o Brasil colheu 49,15 milhões de sacas, um recorde para anos de baixa do ciclo do arábica, que responde por cerca de 75 por cento da produção brasileira.
No último ano de alta, em 2012, o país colheu 50,83 milhões de sacas, segundo a Conab.
Se confirmado o número médio divulgado nesta quinta-feira, será a primeira vez que o Brasil colherá menos em um ano de alta na comparação com o ano anterior, de baixa, dentro da série histórica da Conab, iniciada em 2001.
ARÁBICA Apesar de ser em tese um ano de alta no ciclo, em qualquer dos cenários traçados pela Conab o Brasil deverá reduzir sua produção de café arábica em 2014 ante 2013, quando a produção foi abundante.
A estimativa média da Conab para a variedade é de 36,3 milhões de sacas (intervalo entre 35,07 e 37,53 milhões sacas).
Fonte: Exame
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