Publicado em: 02/06/2025 às 11:18hs
Mesmo com a valorização de outras commodities nas bolsas internacionais nesta segunda-feira (2), os contratos futuros do café arábica voltaram a registrar queda na Bolsa de Nova York. As principais posições já operavam abaixo do patamar de US$ 3,40 por libra-peso por volta das 9h30 (horário de Brasília).
O contrato com vencimento em julho era negociado a 339,65 cents/lb, enquanto o de dezembro registrava 332,40 cents/lb. Já o contrato para março de 2026 caía ainda mais, sendo cotado a 327,80 cents/lb, abaixo dos US$ 3,30. As variações negativas entre os contratos oscilavam entre 0,8% e 1%.
A pressão no mercado vem, principalmente, da entrada das novas safras brasileiras. O Brasil, maior produtor mundial de café, já avança com a colheita, o que impacta diretamente os preços.
De acordo com Eduardo Carvalhaes, diretor do Escritório Carvalhaes, fundos e especuladores têm influenciado as quedas tanto no arábica quanto no robusta. “Com a colheita da nova safra do Brasil avançando, fundos e especuladores pressionam as cotações do robusta e do arábica”, afirma.
Carvalhaes também observa que os primeiros números da colheita confirmam as previsões iniciais dos técnicos do setor:
Apesar dos dados iniciais, o especialista ressalta que ainda é cedo para conclusões definitivas.
Mesmo com a entrada das novas safras, o mercado continua atento à dinâmica entre oferta e demanda, especialmente diante dos estoques historicamente baixos registrados nas últimas temporadas.
Os traders acompanham de perto a movimentação dos estoques e a reação do mercado a essas mudanças, buscando entender como os novos volumes impactarão os preços a médio prazo.
Além dos fundamentos do próprio setor cafeeiro, fatores geopolíticos e econômicos globais também influenciam o mercado:
Essas variáveis ampliam a cautela dos investidores em todos os setores, incluindo o de commodities agrícolas.
Na Bolsa de Londres, os futuros do café robusta acompanharam o movimento de queda. As perdas variavam entre US$ 60 e US$ 77 por tonelada nos contratos mais negociados:
A tendência negativa reforça o impacto da nova safra brasileira sobre o mercado global de café.
Fonte: Portal do Agronegócio
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