Café

Rabobank projeta safra de 56 milhões de sacas de café para 2019 com nova expansão na oferta de conilon, arábica deve recuar

Preços do café devem seguir em patamares baixos, oscilando entre US$1,14 e US$ 1,24 por libra peso em 2019, diz especialista do Rabobank


Publicado em: 07/01/2019 às 13:20hs

Rabobank projeta safra de 56 milhões de sacas de café para 2019 com nova expansão na oferta de conilon, arábica deve recuar

A Rabobank estima uma colheita de safra 2018/19 de café em 56,8 milhões de sacas para este ano por conta da nova expansão de oferta de conilon. Em contrapartida, a produção de café arábica deve recuar devido aos problemas climáticos e ciclo menor.

De acordo com o Analista da Rabobank, Guilherme Morya, a tendência para este ano é que o excesso de oferta pressione as cotações, principalmente no primeiro semestre. “Nós defendemos uma estimativa de 56,8 milhões de sacas, mas eu acredito que foi uma boa safra para o Brasil e cria uma expectativa no mercado que pressionou os preços negativamente”, afirma.

Diante desse cenário, o produtor rural terá que ficar muito atento na comercialização. “Será um ano de superávit global para o ciclo 2018/19 em que o Brasil e a Vietnã estão com uma boa colheita estão limitando uma melhora dos preços e os países da America Central também com um ano positivo”, comenta.

Com relação à produção de café conilon, os números preliminares da consultoria giram em torno de 18 milhões de sacas. “Um aumento de quase 10% se comparado com o último ciclo. É importante ressaltar que essa estimativa vai variar, pois vamos visitar algumas regiões produtoras após os primeiros meses do ano”, diz.

Em relação às condições climáticas, o mês de novembro foi marcado por bons volumes de chuvas nas principais regiões produtoras. “Já dezembro choveu, mas não tanto como historicamente costuma a chover nas localidades. Então, é importante esperar as chuvas de janeiro para detalhar as previsões de safra”, pontua.

O ano passado foi muito positivo em qualidade para o café, mas essa qualidade não deve se repetir em 2019. “Vai ser um pouco diferente, pois vamos ter muita desuniformidade e vai gerar um impacto direto na qualidade dos grãos”, comenta.

Fonte: Rabobank

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