Publicado em: 12/12/2024 às 12:30hs
A safra de cana-de-açúcar 2024/25 no estado de São Paulo sofreu uma revisão negativa, refletindo os impactos de adversidades climáticas. O terceiro levantamento do Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), baseado em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), projeta uma produção de 348,17 milhões de toneladas. O número representa uma redução de 2,25% em relação à estimativa anterior e de 9,2% na comparação com a safra passada.
Apesar do aumento de 6,2% na área colhida, que chegou a 4,35 milhões de hectares, a produtividade despencou para 80.112 kg/ha, uma queda significativa de 14,5%. A baixa produtividade é atribuída à falta de chuvas até setembro, ondas de calor extremo e incêndios que atingiram mais de 400 mil hectares de lavouras.
A produção de açúcar também sofreu com os desafios climáticos, e a estimativa foi reduzida para 26 milhões de toneladas, marcando uma queda de 8% em relação à safra anterior. No caso do etanol, a produção total deve atingir 13,5 bilhões de litros, registrando um declínio de 2,4%. Desse total, o etanol hidratado deve contribuir com 7,6 bilhões de litros (-0,5%), enquanto o etanol anidro somará 5,85 bilhões de litros, com queda mais acentuada de 4,7%.
O índice médio de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana deve crescer 2,7%, alcançando 139,1 kg/tonelada. Contudo, o ATR total deverá registrar uma redução de 6,7%, totalizando 48,44 milhões de toneladas.
O cenário de queda não é exclusivo de São Paulo. Em nível nacional, a produção de cana-de-açúcar está estimada em 678,7 milhões de toneladas para a safra 2024/25, representando um recuo de 4,8% em comparação com a safra 2022/23.
Esses números reforçam os desafios enfrentados pelo setor sucroenergético diante das mudanças climáticas e ressaltam a necessidade de estratégias para mitigar os impactos no médio e longo prazo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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