Publicado em: 02/04/2024 às 20:00hs
Antes do início da colheita do café robusta no Brasil em algumas semanas, os preços locais permanecem sólidos, impulsionados pela percepção de uma baixa disponibilidade global e pela contínua demanda. Observa-se uma correlação entre o mercado altista do robusta e os preços do café arábica, que também se mantiveram resilientes.
Nos mercados de Nova York e Londres, os preços do café sofreram uma queda nos últimos 30 dias. O café arábica na bolsa americana registrou uma redução de 2,8%, enquanto o robusta teve uma queda menor, refletindo um cenário de maior aperto no balanço global. No Brasil, os preços continuam firmes, especialmente devido à robusta demanda nas exportações.
A diminuição da posição líquida dos fundos especulativos em Nova York, aliada ao atual panorama de adiamento da queda dos juros nos EUA, influencia o cenário dos preços. No mercado nacional, a forte demanda pelo robusta impulsiona as exportações, mantendo os preços em alta. A relação de competitividade do café brasileiro frente aos concorrentes asiáticos contribui para essa estabilidade.
Apesar de ainda ser cedo para projetar a próxima safra, as relações de troca de fertilizantes com o café apresentam uma oportunidade interessante para fixações, considerando o atual patamar próximo aos mínimos das últimas 5 safras.
Para a safra 2024/25, espera-se um balanço mais equilibrado, com aumento da oferta brasileira, especialmente do arábica. Contudo, a entrada de grandes compradores de fertilizantes, como EUA e Europa, pode influenciar os preços. Além disso, a previsão de La Niña pela NOAA pode afetar o regime de chuvas no cinturão cafeeiro nacional, impactando a oferta para a próxima safra.
Fonte: Portal do Agronegócio
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