Publicado em: 19/03/2020 às 16:00hs
Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café, o consumo médio anual de café do brasileiro é de 839 xícaras por pessoa. O grande problema é que você pode estar ingerindo uma grande quantidade de cloretos junto com o seu cafezinho.
Uma análise do laboratório CBO Análises Laboratoriais apontou que a bebida preparada com café cultivado com o K Forte, fertilizante mineral produzido pela Verde, tem 71% a menos de cloretos em comparação com a bebida preparada com café cultivado com fertilizantes que contém cloro em sua composição, como o Cloreto de Potássio (KCl).
O estudo teve início em 2018 e os resultados foram entregues no final de 2019. Para realizar a análise, o laboratório testou uma amostra de café cultivado com K Forte, utilizado na produção do café feito pela Academia do Café, uma das empresas referência no plantio, venda e preparação de cafés especiais do Brasil. Também foi analisada uma amostra da Três Corações, marca popular de cafés no país, cultivada com cloro.
Os resultados mostraram que a concentração de cloretos totais no pó de café, antes do preparo da bebida, foi quase 73% menor no café cultivado com K Forte.
Depois da bebida preparada, os números não foram muito diferentes: a concentração de cloretos na bebida feita com o café cultivado com K Forte foi 71% menor do que na marca popular.
A quantidade maior de cloretos tanto no pó quanto na bebida indica que o uso de fertilizantes com cloro faz com que ele seja absorvido pelos grãos. Um dos principais fertilizantes clorados utilizados na agricultura é o KCl, usado pelos produtores para fornecer potássio ao solo e planta de café. Ao contrário do K Forte, o KCl tem uma alta concentração de cloro em sua composição, com 47% desse elemento, sob a forma do ânion Cl-.
De acordo com a Associação Nacional Para a Difusão de Adubos (ANDA), o Brasil utiliza 10 milhões de toneladas de KCl para fornecer potássio às plantações por ano. Com isso, são cerca de quatro milhões de toneladas de cloro no solo agrícola brasileiro, anualmente. E parte desse cloro acaba indo parar no café, como demonstra o estudo da CBO Análises Laboratoriais.
O cloro prejudica a produtividade e qualidade do café - Os efeitos do excesso de cloro podem ser bastante prejudiciais para a qualidade do café. Desde problemas de crescimento e desenvolvimento dos pés de café até parâmetros de qualidade da bebida.
No artigo Toxidez de Cloro em Mudas de Café Arábica Cultivadas em Vasos, o Dr. Cesar Abel Krohling e outros pesquisadores mostram que pés de café expostos a uma grande quantidade de cloro acabam tendo necrose nas folhas e outros tecidos. A consequência disso é a queda da produtividade da lavoura.
Mas não é somente a produtividade do café que é afetada pelo excesso de cloro. No estudo Qualidade de grãos de café beneficiados em resposta à adubação potássica, o Doutor em Ciência do Solo Enilson de Barros Silva demonstra a interferência do cloro na atividade de uma enzima chamada polifenoloxidase.
A atividade da polifenoloxidase está significativamente ligada à qualidade do café: quanto menos atividade da enzima, pior a qualidade da bebida, como escreve a Doutora em Nutrição de Solos pela Universidade de São Paulo, Hermínia Emilia Prieto Martinez, junto com outros pesquisadores, descreve no artigo Nutrição mineral do cafeeiro e qualidade da bebida.
Sobre os efeitos negativos do uso de cloro na produção de cafés de qualidade e como o uso do K Forte minimiza esses malefícios, Bruno Souza, o 1º Q-Grader do Brasil e fundador da Academia do Café nota:
“Se você pensar a quantidade de cloro que você coloca [no solo] com o Cloreto de potássio, no efeito que esse cloro vai ter no processamento do café, eu acho que o uso do K Forte traz uma melhora na qualidade da bebida”.
Efeitos prejudiciais vão além do café - Os malefícios do cloro na agricultura vão além da cultura do café. Um dos efeitos causados pela alta concentração desse elemento é a compactação do solo. Isso acontece porque o cloro diminui a umidade do solo, reduzindo a sua capacidade de manter os microporos que garantem que haja espaço entre suas partículas. Isso traz problemas para o desenvolvimento das raízes e aeração do solo.
O professor de Geologia e Ciência Agrícola da Universidade de Illinois, nos EUA, Dr. Timothy Ellsworth, juntamente com outros pesquisadores, diz no estudo The Potassium paradox: Implications for soil fertility, crop production and human health:
“O valor estabilizador do KCl há muito tempo é reconhecido na construção de pavimentos e fundações impermeáveis. Infelizmente, as consequências agronômicas [dessa compactação e impermeabilidade] incluem a perda de CTC (Capacidade de Troca Catiônica) e baixa CRA (Capacidade de Retenção de Água), o que não traz crescimento e produtividade da lavoura”.
Além disso, o uso intenso de fertilizantes como o KCl, que tem alto teor salino (cerca de 116%), aumenta a salinidade (acúmulo de sais minerais) e a acidificação (diminuição do pH) do solo. Isso causa estresse hídrico nas plantas e queda na produtividade.
O cloro também mata os microrganismos que compõem a microbiota do solo. Esses microrganismos estabelecem relações importantes com as plantas, que contribuem tanto para seu melhor desenvolvimento quanto para que elas desenvolvam mecanismos naturais de proteção contra pragas e doenças. Sobre isso, Bruno Souza nota:
“O remédio está matando o paciente. É preciso reavaliar o que a gente está colocando no solo, o que realmente é importante. Quanto menos químicos a gente puder usar é melhor, principalmente químicos que provocam a morte de alguma coisa”
Inovação para melhores resultados - Os resultados da pesquisa com o café cultivado com K Forte pela Academia do Café mostra como Bruno Souza é um produtor preocupado em inovar para garantir a qualidade dos seus produtos.
Bruno foi o primeiro brasileiro a receber a certificação de Q-Grader, que é dada a profissionais de classificação e degustação de cafés. Também é fundador da Academia do Café, espaço voltado para o ensino técnico e profissional, e laboratório de teste de qualidade de cafés.
Desde 2016, Bruno Souza utiliza o K Forte na adubação dos cafeeiros que cultiva. A primeira experiência do renomado produtor com o fertilizante mineral da Verde foi feita através da aplicação em uma pequena área. Após aprovar os resultados, Bruno aumentou o uso do K Forte e hoje aduba 100% da área de produção com o fertilizante da Verde.
“Houve um aumento do tamanho da peneira e o café está um café extremamente doce, melhorou a qualidade nesses três anos que eu estou usando”, diz Bruno Souza, sobre as melhorias percebidas desde que começou a utilizar o K Forte. Outra percepção do produtor foi o aumento na porcentagem da produção com alta pontuação na escala da Metodologia de Avaliação Sensorial da SCA (Specialty Coffee Association).
O K Forte traz bons resultados não somente para o café, mas todas as culturas. Isso porque é livre de cloro, o que evita os malefícios desse elemento para o solo e para as plantas. Ele é fonte de potássio, silício, magnésio, zinco, cobalto e manganês.
A matéria prima do K Forte é o siltito glauconítico. Essa rocha sedimentar é rica em glauconita, um mineral cujo uso na agricultura dos Estados Unidos acontece desde 1760, onde é conhecido como greensand. A glauconita melhora a estrutura do solo, trazendo muitos benefícios.
O pesquisador da Rutgers, The State Universty of New Jersey, escreve no artigo Greensand and Greensand Soils of New Jersey: A Review que “os efeitos benéficos da glauconita no solo parecem estar proximamente relacionados a uma combinação de fatores, como ter uma alta capacidade de absorção de nutrientes do solo e uma capacidade de retenção de umidade relativamente alta”.
Utilize o K Forte e garanta a produtividade e a qualidade da sua produção!
Cristiano Veloso é fundador e CEO da Verde Agritech Plc (“Verde”), mineradora inglesa listada na Bolsa de Valores de Toronto. Tem ampla experiência e conhecimento nos setores agrícola e mineral. Cristiano é especialista em Sustainable Business Strategy pela Harvard Business School, mestre em Direito pela University of East Anglia e bacharel em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. A frente da Verde, Cristiano lidera uma empresa inovadora cujo propósito é melhorar a saúde das pessoas e do Planeta.
Fonte: Ação Estratégica Comunicação
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