Publicado em: 08/12/2025 às 11:10hs
Os preços do café iniciaram a segunda-feira (8) em direções opostas nas principais bolsas internacionais. De acordo com o boletim do Escritório Carvalhaes, o cenário segue dominado pelas mesmas preocupações que vêm pressionando o mercado: as incertezas climáticas que afetam a produção nos países produtores — especialmente no Brasil — e os baixos estoques globais.
Relatório da Hedgepoint Global Markets aponta que o mercado global de café atravessa um período de transição após a suspensão da tarifa adicional de 40% sobre os grãos brasileiros (com exceção do café solúvel), medida anunciada em 20 de novembro.
Apesar do alívio inicial, o cenário de oferta restrita continua pesando sobre os contratos futuros. Segundo o documento, os estoques certificados de arábica encerraram novembro com 406,9 mil sacas, uma queda de 54,96% no acumulado de 2025 — o menor nível em anos. Já os estoques de robusta também recuaram, somando 755 mil sacas, enquanto a colheita no Vietnã segue atrasada devido às chuvas intensas e tempestades associadas ao fenômeno La Niña.
Nos países consumidores, a situação também preocupa: os estoques da União Europeia caíram para 7,8 milhões de sacas, menor volume desde maio, e os estoques japoneses estão abaixo da média histórica.
As condições climáticas no Brasil continuam sendo determinantes para os preços. Segundo dados do Barchart, as chuvas abaixo da média em regiões produtoras brasileiras vêm sustentando as cotações do café arábica.
O Climatempo informou que, na semana encerrada em 28 de novembro, Minas Gerais, principal estado produtor de arábica, registrou apenas 20,4 mm de chuva, o equivalente a 39% da média histórica para o período. Esse volume insuficiente mantém o alerta para o desenvolvimento das lavouras.
Por volta das 9h30 (horário de Brasília), os contratos de arábica apresentavam comportamentos mistos:
Já o robusta registrava movimento de leve recuo:
Essas variações refletem a sensibilidade do mercado às mudanças climáticas e ao equilíbrio entre oferta e demanda global.
Fonte: Portal do Agronegócio
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