Publicado em: 16/12/2024 às 10:50hs
Os preços do café começaram a semana em alta nas bolsas internacionais, refletindo um quadro de oferta limitada no mercado. De acordo com o boletim do Escritório Carvalhaes, já há consenso entre especialistas de que a produção de café em 2025 será significativamente menor que a de 2024, devido a problemas climáticos persistentes que prejudicaram o desenvolvimento da próxima safra.
"A próxima safra foi bastante prejudicada por seguidos problemas climáticos, mas só a partir de março de 2025, ao final do verão, quando conheceremos o volume de chuvas e as temperaturas nas regiões cafeeiras do Brasil, teremos dados mais precisos sobre o potencial produtivo. Nesse cenário, e com incertezas climáticas nos principais países produtores, devemos continuar observando fortes oscilações nas bolsas de Nova York e Londres", destacou o relatório.
Na sexta-feira (13), os estoques de café robusta monitorados pela ICE atingiram o menor nível dos últimos sete meses e meio, com 3.674 lotes disponíveis. Segundo a Pine Consultoria, a disponibilidade de café segue muito baixa, e os produtores brasileiros só devem retomar as vendas a partir de janeiro, com estoques que representam cerca de 15% a 20% da safra total do país.
Diante desse cenário de oferta restrita, os contratos futuros de café iniciaram esta segunda-feira (16) com altas moderadas. Por volta das 8h30 (horário de Brasília), o café arábica registrava os seguintes desempenhos:
Já o robusta apresentou os seguintes resultados:
Com a combinação de uma oferta global restrita, incertezas climáticas e estoques em baixa, o mercado de café deve continuar enfrentando oscilações expressivas no curto e médio prazo. A definição do volume da próxima safra brasileira será crucial para os rumos do setor, enquanto as bolsas internacionais seguem monitorando de perto as condições climáticas e o comportamento dos produtores.
Fonte: Portal do Agronegócio
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