Publicado em: 30/06/2014 às 14:00hs
Durante boa parte dos meses de 2013, a safra de café na região norte do Espírito Santo sofreu com a seca e a chuva mais volumosa ocorreu entre os dias 12 e 27 de dezembro de 2013, em São Mateus, no norte do estado capixaba, de acordo com gráficos do Inmet.
Não há como precisar o valor, informa o meteorologista da Climatempo, Marcelo Pinheiro, mas graficamente, dá pra dizer que choveu entre 230 e 240 mm, bem acima da média que fica em torno de 140 mm para região, completa.
Com a volta da chuva em dezembro de 2013, as lavouras de café conilon começaram a melhorar. O pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – INCAPER, Romário Serrão, conta que a chuva que caiu forte no final do ano fez com que os agricultores não tivessem prejuízos na produção do café, pois esta quantidade foi ideal para molhar o solo.
Atualmente, a colheita do café conilon está chegando ao fim na região e a produção deve ser maior que a da safra passada. “A safra do café conilon pode chegar em torno de 9 milhões a 500 mil sacas”, afirma o pesquisador.
De acordo com a meteorologista da Climatempo, Fabiana Weykamp, o extremo norte do Espírito Santo, região de São Mateus, neste mês de junho já acumula 120 milímetros de chuva, o que está acima do normal para este mês, já que a média é de 50 milímetros. A explicação para essa quantidade de chuva é que áreas de instabilidade se formaram no sul da Bahia e sobre as cidades que fazem divisa com o Espírito Santo.
As nuvens carregadas avançaram para o extremo norte capixaba, o que ajudou a provocar muita chuva durante este mês. Já nas áreas mais ao noroeste do Espírito Santo, a chuva não acumulou grandes volumes. Na capital, desde o início do mês o acumulado é de quase 45 milímetros, sendo que a média fica entre 60 e 70 milímetros.
Até a próxima segunda (30), pouca chuva está sendo prevista para o Estado capixaba, devido à presença de uma forte massa de ar seco sobre o Sudeste. Pancadas rápidas e passageiras devem acontecer entre sexta (27) e no domingo (29), em São Mateus.
Poucas lavouras ainda têm café para serem retirados, mas em outras regiões já foram colhidos em torno de 80% da plantação. O pesquisador conta que mesmo com o tempo seco e sem chuva o produtor não terá prejuízos na colheita. “No geral não tivemos problemas na colheita, foi bem tranquila. O que está me deixando preocupado é a falta de mão de obra na lavoura. Quase 100% dos grãos são colhidos manualmente”, conta Romário.
O que também vem preocupando o produtor é a questão do preço do grão. A saca do conilon está sendo vendida por, em média, R$ 222, enquanto que no ano passado saia por R$ 240. A região de Espírito Santo está inserida numa das mais imponentes zonas cafeeiras do mundo, numa área aproximada de 500 mil hectares, com produção anual de cerca de 10,2 milhões de sacas, entre arábica e conilon. Esses números colocam o Estado como o segundo maior produtor do Brasil.
Sobre o Grupo Climatempo
O Grupo Climatempo é a maior empresa privada de meteorologia do país. Fornece, atualmente, conteúdo para mais de 50 retransmissoras nacionais de televisão, para rádios de todo o Brasil e para os principais portais. Com cerca de 1.100 clientes, a empresa atua principalmente em dois segmentos: o de agronegócios e o de meios de comunicação. Oferece também conteúdo meteorológico estratégico para empresas de moda e varejo, energia elétrica, construção civil, transporte e logística, além de bancos, seguradoras e indústrias farmacêutica e de alimentos. O Grupo é presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 27 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.
Fonte: Linhas Comunicação
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