Publicado em: 31/01/2014 às 12:45hs
Levantamento do Valor Data, com base nos contratos futuros de segunda posição de entrega na bolsa paulista, mostra que os preços médios de café, milho, boi gordo e etanol registraram valorização em janeiro. Entre os produtos negociados, a soja foi a exceção e fechou o mês em baixa.
No período, o café arábica foi o principal destaque. O preço médio da commodity subiu 5,6% em janeiro (o balanço foi fechado ontem), a US$ 146,02 a saca de 60 quilos. Basicamente, a alta na bolsa paulista reflete as oscilações do café na bolsa de Nova York (ver texto acima), onde os futuros registraram alta devido às incertezas em relação à próxima safra brasileira, cuja colheita começa em maio.
Apesar da valorização no mês, os preços do café permanecem deprimidos, reflexo de uma elevada oferta global A cotação média do café na BM&F ainda é 24,04% mais baixa em relação à média registrada em janeiro do ano passado.
Na contramão do que ocorreu na bolsa de Chicago, o preço médio do milho subiu 1,29% na BM&F, a R$ 26,81 a saca em janeiro. Na avaliação do consultor da FCStone, Vinicius Xavier, o grão ficou mais caro no país tanto em função de fatores macroeconômicos quanto de fundamentos de oferta doméstica.
"O câmbio interfere diretamente na BM&F", afirma Xavier, citando a valorização do dólar. Apesar de ser denominado em reais na bolsa paulista, as cotações internacionais do milho são em dólar. Além da questão cambial, a expectativa de uma safra brasileira de milho menor neste ciclo 2013/14 também influenciou as cotações.
Em plena safra, o preço médio do boi gordo registrou leve alta na BM&F. A cotação média do animal pronto para o abate subiu 0,35%, a R$ 112,29 por arroba. De acordo com o analista da Scot Consultoria, Antonio Oliveira, os preços do gado refletem uma safra de oferta mais restrita, prejudicada pela ausência de chuvas, que afetou a qualidade das pastagens e, em consequência, a oferta de boi. Além disso, a demanda por carne bovina para exportações permanece bastante aquecida.
O preço do etanol subiu 0,86% em janeiro ante a média de dezembro, a R$ 1.241 o metro m3, puxado pela menor oferta típica da entressafra e pelo aumento do preço da gasolina. Única commodity a recuar em janeiro, a soja reagiu ao avanço da colheita no Brasil.
Fonte: Valor Econômico
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