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Os preços do café enfrentam pressões em meio a preocupações tarifárias e expectativas de oferta elevada no Brasil, aponta análise da Barchart, empresa global de tecnologia financeira que fornece dados para o mercado de commodities.

Impacto das tarifas sobre exportações

A possibilidade de aumento das tarifas pode dificultar as vendas do café brasileiro para os Estados Unidos, elevando os estoques domésticos e influenciando negativamente os preços do produto no mercado internacional.

Condições climáticas influenciam preços

Segundo Rich Asplund, analista da Barchart, outro fator que afeta os preços é o volume de chuvas.

• Minas Gerais, maior região produtora de café arábica do país, registrou na semana encerrada em 2 de agosto apenas 2,7 mm de chuva, o equivalente a 31% da média histórica, conforme dados da Somar Meteorologia.
• Essa baixa pluviometria é vista como positiva para os preços, já que pode impactar a produção e a oferta.

Estoques certificados em queda

Outro ponto destacado pelo analista foi a redução dos estoques certificados da ICE na semana do dia 2 de agosto, um fator que pode ajudar a sustentar as cotações no curto prazo.

Oferta atual pressiona os valores

Apesar dos fatores de suporte, a safra atual no Brasil continua exercendo pressão para baixo nos preços.

• Nos últimos três meses, os valores do café caíram, refletindo a perspectiva de oferta abundante.
• Em julho, o café arábica atingiu sua menor cotação em oito meses, enquanto o robusta marcou a menor cotação em um ano e três meses para contratos futuros.