Publicado em: 04/08/2025 às 10:40hs
Os preços do café operavam em alta nas bolsas internacionais na manhã desta segunda-feira (04), mas o mercado permanece instável e cauteloso. A pressão vem principalmente da entrada da safra brasileira de 2025, das incertezas climáticas nas regiões produtoras e do possível impacto da taxação imposta pelos Estados Unidos.
De acordo com a consultoria Hedgepoint, nas áreas produtoras de Conilon, onde a colheita está quase concluída, já há relatos do início da fase de floração. Apesar disso, as negociações seguem em ritmo lento, indicando que o mercado interno ainda espera por definições externas mais claras.
Segundo relatório da Pine Agronegócios, a tarifação dos Estados Unidos sobre o café brasileiro, por enquanto, tem efeito moderado, já que compradores americanos estão ausentes das negociações, aguardando uma possível exceção à tarifa. A expectativa é de que até 6 de agosto de 2025 o café seja incluído na lista de exceções anunciada por Donald Trump.
A Pine alerta, no entanto, que se isso não acontecer, os importadores dos EUA podem enfrentar dificuldades para garantir oferta. A Colômbia, principal alternativa, possui oferta restrita e outros países produtores não têm capacidade para suprir a demanda no lugar do Brasil. Isso pode se tornar um fator de alta nos preços futuros em Nova York, especialmente com estoques baixos e fundos ainda bem posicionados no mercado.
Em movimento favorável ao setor, a China aprovou a habilitação de 183 novas empresas brasileiras para exportar café ao seu mercado. A autorização, válida por cinco anos, foi anunciada no sábado (02) pela embaixada chinesa no Brasil em publicação nas redes sociais. A medida amplia o potencial de exportação do Brasil para um dos mercados que mais crescem em consumo de café no mundo.
As cotações do café registravam alta significativa no início desta segunda-feira:
Apesar da valorização recente, o cenário para o mercado cafeeiro global segue marcado por volatilidade e especulação. A combinação entre incertezas climáticas, políticas comerciais e a lenta comercialização interna indica que os próximos meses devem ser de cautela para produtores, exportadores e investidores do setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
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