Publicado em: 05/09/2025 às 18:40hs
O mercado brasileiro de café iniciou setembro em movimento de correção em Nova York, após fortes altas registradas em agosto. Mesmo com a volatilidade do mercado internacional e do dólar, o setor doméstico segue valorizado, com preços firmes para as principais regiões produtoras, de acordo com a Safras & Mercado.
O contrato de café para dezembro/25 na Bolsa de Nova York ensaiou acomodação, após a valorização de 34% em agosto. Sinais técnicos de sobrecompra estimularam a realização de lucros, segundo a consultoria.
O mercado físico brasileiro acompanha essas oscilações, mas mantém preços altos. O arábica de bebida boa do Sul de Minas está cotado entre R$ 2.300 e R$ 2.350 a saca, enquanto o conilon tipo 7/8 em Colatina (ES) é negociado entre R$ 1.415 e R$ 1.425 a saca, segundo o analista Gil Barabach.
Segundo o 3º levantamento da Conab, com 96% da área já colhida, a safra 2025 do café está estimada em 55,2 milhões de sacas beneficiadas, alta de 1,8% em relação a 2024.
A produtividade média nacional aumentou 3%, passando de 28,8 para 29,7 sacas por hectare, enquanto a área em produção caiu 1,2%, chegando a 1,86 milhão de hectares. A área total destinada à cafeicultura, incluindo lavouras em formação, soma 2,25 milhões de hectares, alta de 0,9% sobre 2024.
Segundo dados da Secex, as exportações brasileiras de café em grão em agosto de 2025, considerando 21 dias úteis, totalizaram 2.380.800 sacas de 60 kg, gerando receita de US$ 882,76 milhões e preço médio de US$ 370,74 por saca.
Comparado a agosto de 2024:
A combinação de oferta controlada e demanda firme mantém o mercado brasileiro de café em um patamar elevado, mesmo diante da volatilidade no exterior.
Fonte: Portal do Agronegócio
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