Publicado em: 15/08/2025 às 19:00hs
O mercado global de café passa por um momento de incerteza e volatilidade, influenciado por fatores climáticos, regulatórios e econômicos. Em julho de 2025, o Brasil, maior exportador mundial, registrou queda nas vendas externas, enquanto os preços de algumas variedades, como arábica e conilon, começaram a se valorizar.
O Brasil exportou 2,7 milhões de sacas de 60 kg de café em julho, 28% abaixo do mesmo período de 2024. No acumulado de 2025, o total chegou a 22,2 milhões de sacas, uma redução de 21% em relação ao ano anterior.
Os Estados Unidos permanecem como principal mercado, comprando 3,7 milhões de sacas. No entanto, a imposição de uma tarifa de 50% sobre o café brasileiro, em vigor desde 6 de agosto, deve desacelerar as compras americanas. As empresas dos EUA utilizarão estoques existentes, que podem durar de 30 a 90 dias, enquanto aguardam possíveis negociações sobre a tarifa.
Após tendência de queda desde março, os preços começaram a se recuperar em agosto:
Entre os fatores que impulsionam essa recuperação estão:
Eventos climáticos: geadas leves a moderadas em áreas do Cerrado Mineiro preocupam sobre a produtividade da próxima safra.
O setor também enfrenta incertezas externas:
Apesar disso, especialistas acreditam que a tarifa americana dificilmente substituirá totalmente o café brasileiro no mercado norte-americano.
Mesmo diante de desafios climáticos em julho — como baixas temperaturas, chuva e granizo no sul de Minas Gerais —, a safra de 2026 apresenta sinais favoráveis:
Empresas privadas apontam que o ritmo de colheita e o manejo atual permitem expectativas otimistas para a produtividade e qualidade do café brasileiro na próxima safra.
Fonte: Portal do Agronegócio
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