Publicado em: 31/10/2024 às 10:50hs
Nesta quinta-feira (31), os futuros do café iniciaram a sessão com quedas nas bolsas de Nova York e Londres, após registrarem fortes altas na sessão anterior. Especialistas indicam que a volatilidade no mercado cafeeiro é impulsionada pela irregularidade das chuvas nas principais regiões produtoras do Brasil.
De acordo com previsões do Climatempo, um corredor de umidade se fortalece sobre o interior do Brasil, gerando instabilidades e potencial para chuvas intensas ao longo da semana, especialmente no norte do Espírito Santo, no extremo sul da Bahia, no Cerrado e no norte de Minas Gerais, além de áreas do Centro-Oeste e do norte do país. Minas Gerais e Espírito Santo devem receber os maiores volumes de precipitação, com acumulados que podem ultrapassar 100 mm nos próximos cinco dias. Em contrapartida, o Sul de Minas e a Alta Mogiana Paulista devem enfrentar volumes baixos, com chuvas isoladas intercaladas por períodos de melhoria.
Às 8h50 (horário de Brasília), os contratos de café arábica apresentavam queda de 270 pontos, sendo cotados a 246,90 cents/lbp para o vencimento de dezembro de 2024. No vencimento de março de 2025, houve uma baixa de 270 pontos, cotado a 246,35 cents/lbp. Para maio de 2025, a queda foi de 280 pontos, alcançando 245,00 cents/lbp, e para julho de 2025, o valor ficou em 242,50 cents/lbp, também com recuo de 280 pontos.
Por outro lado, os contratos de café robusta mostraram uma leve alta de US$ 63, sendo cotados a US$ 4.453 por tonelada para o contrato de novembro de 2024. No vencimento de janeiro de 2025, houve uma queda de US$ 34, com cotação de US$ 4.419 por tonelada. Para março de 2025, a queda foi de US$ 30, com preço de US$ 4.333 por tonelada, e em maio de 2025, a baixa foi de US$ 28, alcançando US$ 4.268 por tonelada.
Vicente Zotti, sócio-diretor da Pine Agronegócios, aponta que, apesar das preocupações climáticas, as perspectivas para novembro são positivas. O especialista ressalta que a estiagem prolongada e as altas temperaturas no Brasil impactaram negativamente as plantações de arábica, indicando um possível retorno à bienalidade negativa para essa variedade. Por outro lado, o robusta apresenta condições de produtividade mais favoráveis e deve superar as estimativas da safra anterior.
Fonte: Portal do Agronegócio
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