Publicado em: 22/08/2025 às 07:00hs
A cafeicultura brasileira enfrenta um desafio crescente: a falta de mão de obra qualificada para a colheita manual. Com cerca de 2,22 milhões de hectares cultivados com café Arábica e Conilon, o Brasil é líder mundial em produção e exportação, ultrapassando 50 milhões de sacas por safra. No entanto, apenas um quarto da área é mecanizada, enquanto o restante depende de trabalho manual, muitas vezes pesado e desgastante.
“Em algumas regiões, produtores precisam recrutar trabalhadores de outros estados, oferecendo alojamento durante a safra”, explica Ronaldo Goulart Magno Júnior, professor da Universidade Federal de Viçosa – Campus Florestal.
O impacto da mão de obra no custo total de produção é significativo: quase 50% do gasto com café se concentra na colheita. Enquanto um trabalhador experiente consegue colher de 6 a 10 medidas de 60 litros por dia, máquinas modernas podem processar até 100 medidas por hora, com possibilidade de seletividade, colhendo apenas frutos maduros e garantindo maior qualidade do café.
A mecanização já se expande em todas as regiões produtoras, não apenas em grandes fazendas. Pequenos e médios produtores têm se organizado em associações para adquirir máquinas em conjunto. Pesquisas também buscam adaptar equipamentos para áreas inclinadas e microterraceamento, além de desenvolver modelos mais compactos e versáteis.
Entre as novidades, a colhedora de café OXBO 940+ se destaca. Desenvolvida para atender pequenos e médios produtores, o modelo de arrasto alia eficiência à preservação da lavoura, permitindo colheita seletiva de frutos maduros.
“A OXBO 940+ oferece aos produtores uma alternativa de mecanização viável, mantendo a qualidade do café e oferecendo melhor custo-benefício”, destaca Kathryn Vanweerdhuizen, diretora de vendas e marketing da divisão de frutas da Oxbo.
Diante da escassez de mão de obra, custos elevados e exigência por qualidade, a mecanização deixa de ser uma opção e passa a ser uma necessidade para a cafeicultura brasileira. A busca por soluções mais eficientes promete transformar o cenário das lavouras nos próximos anos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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