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Indicador do café arábica recua pelo quinto mês consecutivo

Venda da safra 2013/14 tem ritmo ainda inferior à da 2012/13


Publicado em: 10/12/2013 às 13:50hs

Indicador do café arábica recua pelo quinto mês consecutivo

As cotações do arábica no mercado brasileiro recuaram pelo quinto mês seguido, considerando-se a média de novembro. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, teve média de R$ 247,73/saca de 60 kg em novembro, baixa de 2,5% em relação a outubro. No entanto, na última semana do mês, os preços da variedade sinalizaram certa recuperação, impulsionados, principalmente, pela forte retração dos vendedores. Ao mesmo tempo, alguns compradores têm necessidade de aquisição do arábica e acabam pagando valores maiores.

No cenário externo, as cotações seguem em queda. O contrato de arábica com vencimento em março de 2014 na Bolsa de Nova York (ICE Futures) fechou a 110,85 centavos de dólar por libra-peso em 29 de novembro, aumento de 2,1% em relação ao último dia 31 de outubro. O dólar teve média de R$ 2,30 no mês, alta de 4,8% na comparação com o mês anterior.

As negociações envolvendo o café da atual temporada (2013/14), especialmente o arábica, seguiram lentas em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea em novembro. Agentes comentam que o percentual de grãos comercializado no mês ficou aquém do observado no mesmo período da safra passada (2012/13), quando o ritmo de negócios já era considerado fraco. Vale lembrar que a colheita da atual safra foi estimada pela Conab em 47,5 milhões de sacas, 6,5% abaixo da 2012/13.

O principal motivo da pouca liquidez é o atual patamar de preço, considerado muito baixo por vendedores. No acumulado parcial da safra (de julho/13 a novembro/13), a média do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, está em R$ 269,86/saca de 60 kg, 20,8% inferior ao do mesmo período da temporada anterior, quando a média, nominal, era de R$ 340,82/saca.

No Sul de Minas Gerais, agentes comentaram que, até o final de novembro, cerca de 40% da safra havia sido comercializada. No mesmo período do ano passado, o total comercializado era superior. Nas regiões paulistas de Mogiana e Garça, colaboradores do Cepea relatam que apenas 30% e 40% da safra, respectivamente, havia sido negociada. No Noroeste do Paraná, entre 40% e 50% do café da região foi comercializado. Esses volumes são considerados baixos em relação aos negociados na safra anterior.

No Cerrado de Minas Gerais, a negociação de café atingiu de 50% a 60%, também abaixo na comparação com o ano passado, segundo indicação de agentes. Já na Zona da Mata, colaboradores do Cepea apontam que também cerca de 50% da safra havia sido negociada, mas o volume comercializado está um pouco acima do observado na safra passada. A atual temporada está estimada em 8,1 milhões de sacas pela Conab, 18,4% acima da 2012/13. Além disso, no ano passado, o ritmo de negócios esteve um pouco mais fraco, devido à menor necessidade de venda por parte de produtores.

Como a safra passada (2012/13) foi muito volumosa e também contou com ritmo de negócios abaixo do esperado, agentes de todas as regiões comentam que ainda restam lotes de café remanescente para serem comercializados. Vale lembrar que a temporada 2012/13 registrou a maior produção nacional da história – 50,8 milhões de sacas, segundo dados da Conab. Além disso, os preços do café, sobretudo os do arábica, estão em movimento de queda desde o início deste ano, o que também limitou negócios.

Fonte: Rede Social do Café

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