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IBGE revisa safra de café do Brasil para baixo e projeta queda anual em 2025

Produção total é estimada em 56,8 milhões de sacas


Publicado em: 15/09/2025 às 17:30hs

IBGE revisa safra de café do Brasil para baixo e projeta queda anual em 2025

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reduziu nesta quinta-feira (11) a previsão da safra de café do Brasil em 2025, indicando uma queda na produção em relação ao ano passado. A colheita da temporada está praticamente encerrada.

Segundo o IBGE, a produção total das duas espécies, arábica e canéfora (robusta e conilon), foi estimada em 56,8 milhões de sacas de 60 kg, representando 1,4% a menos que a estimativa do mês anterior e uma queda de 0,6% frente a 2024.

Para comparação, a Conab havia revisado sua projeção recentemente, estimando 55,2 milhões de sacas, com alta de 1,8% em relação ao ano passado.

Café arábica recua devido à bienalidade negativa e clima

A safra de café arábica foi projetada em 37 milhões de sacas, queda de 1,6% em relação ao mês anterior. O IBGE aponta que o rendimento médio caiu 1,7%, enquanto a área a ser colhida subiu 0,1%.

O instituto destacou que a redução reflete a bienalidade negativa da espécie e problemas climáticos. Minas Gerais, maior produtor de arábica do país, com 69,4% da produção nacional, revisou sua estimativa, influenciando a queda geral.

Café canéfora registra produção recorde

Para o café canéfora, a produção foi revisada para 19,8 milhões de sacas, redução de 1,1% em relação ao mês anterior, mas ainda assim um volume recorde.

O IBGE aponta que a safra de conilon e robusta cresceu 15,8% em relação a 2024, com aumento de 4% na área cultivada e 11,4% no rendimento médio. O bom desempenho se deve à rentabilidade atrativa do conilon, que incentivou produtores a investir em tratos culturais e adubação, além de chuvas satisfatórias nos principais municípios produtores, apesar do atraso em algumas regiões.

Impacto para o mercado

A revisão do IBGE indica que, apesar do recorde de produção de conilon, a redução na safra de arábica pode influenciar a dinâmica de preços e abastecimento do café brasileiro no mercado interno e externo, especialmente considerando a importância do país como maior exportador mundial da commodity.

Fonte: Portal do Agronegócio

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