Publicado em: 10/05/2013 às 16:20hs
Silas Brasileiro observou que os produtores desejavam uma elevação no preço para pelo menos os R$ 336,13 a saca que a Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) comprovou através de estudo como sendo a média do custo de produção do arábica no Brasil. "O governo teve a preocupação, que não procede, com a possível inflação que uma maior elevação no preço traria. Mas, quando o café estava a mais de R$ 400,00 a saca do grão não houve aumento nas gôndolas ou do cafezinho nos bares e restaurantes, o que não justifica essa preocupação", afirmou.
Além disso, o deputado coloca que o governo temia que uma correção maior no preço do café poderia fazer com que outros setores também pedissem elevações em seus valores das commodities, o que também para Brasileiro é injustificável, uma vez que desde 2009 o café não tinha aumento no preço mínimo.
O ponto positivo, para o deputado, é que o mínimo passou de R$ 300,00 a saca e o governo comprometeu-se, através do Ministério da Agricultura e da Fazenda, que agora a correção no preço será anual. E agora a cadeia produtiva também aguarda por medidas complementares, que deverão vir, entre elas leilões de opção e o Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor).
Brasileiro disse que já houve uma reação no mercado com a perspectiva de elevação no preço mínimo, que é uma importante referência. "Agora esperamos pelas opções e pelo Pepro", apontou o presidente do CNC, destacando que o setor também aguarda os números dos estoques do Brasil, segundo a Conab, que deverão ser divulgados na próxima semana.
O presidente do CNC está otimista em relação à política para o café por parte do governo, com a recuperação do mercado a partir do novo preço mínimo e de medidas referentes à liberação de verbas do Funcafé. Ele descreve que são 4 os passos neste momento que estão sendo dados pelo governo e que podem ajudar os produtores. O primeiro foi a reprogramação dos pagamentos da estocagem, com o alongamento dos financiamentos. O segundo passo foi o preço mínimo elevado. O terceiro foi o voto do CMN com o orçamento do Funcafé para 2013 e o quarto passo seriam as opções e o Pepro. Este quarto passo deverá ser dado pelo governo a partir de junho, caso o preço do café não se recupere para uma faixa próxima a R$ 400,00 a saca, acredita Silas Brasileiro.
Fonte: Safras & Mercado
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