Publicado em: 16/10/2025 às 10:30hs
O Brasil exportou 3,75 milhões de sacas de café em setembro, volume 18,4% menor do que o registrado no mesmo período de 2024, segundo dados do Cecafé, analisados pelo Cepea. A redução reflete uma combinação de fatores: menor safra, dificuldades no beneficiamento, estoques apertados e a imposição de tarifas pelos Estados Unidos, um dos principais destinos do grão brasileiro.
Apesar da queda nos volumes, o país registrou aumento de 11,1% na receita, que alcançou US$ 1,369 bilhão. Esse resultado positivo é atribuído à valorização do café brasileiro no mercado internacional, sustentada pela oferta limitada.
O Cepea aponta que a redução da disponibilidade de café se deve principalmente a uma safra menor, agravada por dificuldades na etapa de beneficiamento, responsável por preparar o grão para exportação. Esses fatores comprometeram o ritmo dos embarques, pressionando ainda mais o volume exportado.
Além disso, as tarifas impostas pelos Estados Unidos impactaram diretamente a competitividade do café brasileiro, inserindo o setor em um contexto de tensões comerciais. O efeito dessas medidas é sentido ao longo de toda a cadeia produtiva, desde os produtores até exportadores e cooperativas.
No campo, o clima trouxe perspectivas positivas para o setor. Após um período seco, as chuvas retornaram às principais regiões produtoras no início de outubro, ajudando no desenvolvimento das lavouras. O final de setembro registrou uma florada significativa, o que reforça expectativas favoráveis para o novo ciclo de produção.
Essa combinação entre preços firmes no mercado externo e um início promissor da próxima safra pode representar uma janela de recuperação para o setor, embora a pressão internacional sobre as exportações brasileiras continue sendo um desafio a ser monitorado por produtores e autoridades.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias