Publicado em: 06/06/2014 às 09:50hs
Começou nesta quarta-feira (4/6) e segue até sexta-feira (6/6) a Expocafé, uma das principais feiras do setor no País. Realizada em Três Pontas (MG), o evento reúne representantes do agronegócio café, empresários e cafeicultores que buscam novidades em máquinas e equipamentos, além de conhecimento e troca de experiências sobre mecânização da lavoura.
Com mais de 140 expositores, a Expocafé 2014 deve gerar mais de R$ 200 milhões em negócios durante os dias de realização. São colheitadeiras, secadores, tratores, guinchos hidráulicos, roçadeiras, adubadeiras e diversas inovações de auxílio ao produtor apresentadas no espaço da Fazenda Experimental da Epamig. A previsão é de que cerca de 24 mil pessoas visitem esta edição da feira.
Segundo o presidente da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), Francisco Miranda, o evento representa a continuidade da produção cafeeira em Minas Gerais. "A população rural da região Sudeste já está em 7%. Isso me preocupa e, ao mesmo tempo, me mostra a importância da Expocafé para o setor. Só será possível continuar com a cafeicultura com a inserção de novas tecnologias no campo", disse ele ressaltando a gestão da Expocafé, que a partir desta edição passa a ser da cooperativa. "Nós nos sentimos muito honrados com este desafio", afirmou durante cerimônia de abertura do evento.
Para ele, as recentes especulações nos preços do grão dificultam ainda mais um cenário que é de perda para a produção de café este ano. "A previsão é que vamos colher 20% menos nacionalmente e 30% menos no Sul de Minas devido a seca. É assustador e, além disso, preocupante a maneira como informações desencontradas podem prejudicar este mercado. O café é uma mercadoria de fatos e boatos. Os preços são muito voláteis e nós precisamos de informações mais corretas, mais precisas, e responsabilidade na divulgação dessas informações, principalmente por parte de nossos representantes", comentou.
Robério Silva, presidente da Organização Internacional do Café (OIC) também presente no evento, reeinterou a preocupação com a volatilidade dos preços no mercado do café. "Esse movimento gera incerteza entre os produtores e exportadores e cria uma grande vulnerabilidade econômica", disse. Silva prevê a criação de um comitê, pela OIC, que vai reunir a opinião dos principais players do mercado para tentar minimizar os impactos dessa especulação.
A 17ª edição da Expocafé tem a promoção da Café Editora, realização da Cocatrel, da Epamig e do Governo de Minas, com apoio da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e da Prefeitura de Três Pontas (MG).
Fonte: Revista Expresso
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