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Estabilidade no mercado: Preços do café no Brasil mantêm-se firmes em fevereiro

Mercado de café brasileiro apresenta estabilidade na primeira quinzena de fevereiro, com valores sustentados e perspectivas de gestão comercial diante de desafios futuros


Publicado em: 09/02/2024 às 18:40hs

Estabilidade no mercado: Preços do café no Brasil mantêm-se firmes em fevereiro

O mercado físico brasileiro de café demonstra resiliência, mantendo preços firmes na primeira metade de fevereiro. No Sul de Minas, a bebida boa está sendo negociada em torno de R$ 1.010 por saca, equivalente a US$ 203,31 para uma saca de 60 kg.

Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, apesar do ajuste negativo em Nova York, os preços permanecem acima da referência de R$ 1.000 por saca. Entretanto, ele destaca que o comportamento atual não reflete a mesma força de alta do ano anterior. Com o risco de uma mudança drástica na curva de preço, Barabach adverte sobre o volume elevado de café nas mãos dos produtores e a proximidade da safra de 2024, fatores que podem impactar negativamente os preços no futuro.

A recomendação do consultor é que os produtores considerem estratégias de fixação antecipada, com os preços atualmente variando entre R$ 1.015 e R$ 1.025 para setembro/2024. Essa prática, além de reduzir a vulnerabilidade na entrada da safra, proporcionaria maior tranquilidade ao produtor para gerenciar o fluxo comercial.

No segmento de bebidas finas, embaladas pelo rally do final do ano passado, Barabach observa uma acomodação no movimento de alta em fevereiro. A ideia de fixação antecipada para a safra nova gira entre R$ 1.075 e R$ 1.085 por saca para entrega em setembro/2024, ficando acima da média para o mês.

Quanto ao conilon tipo 7 no Espírito Santo, o café segue valorizado, impulsionado pela demanda externa e fatores como a frustração da safra no Vietnã. Apesar da alta, a expectativa é que a oferta de robusta/conilon se normalize com a chegada da safra da Indonésia em abril, o que pode impactar nos preços internacionais.

Barabach conclui destacando que a alta nos preços no final do ano passado trouxe benefícios para os produtores brasileiros, reduzindo a necessidade de sacas para adquirir insumos e fortalecendo a relação de troca.

Fonte: Portal do Agronegócio

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