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Dúvidas sobre Safra do Brasil puxam mercado de Café em Janeiro

No ano passado, as cotações futuras do café arábica tocaram no pior patamar de sete anos na Bolsa de Nova York


Publicado em: 04/02/2014 às 11:10hs

Dúvidas sobre Safra do Brasil puxam mercado de Café em Janeiro

A commodity foi uma  das que mais “sangrou”, caindo 23%. Um mercado sobreofertado por conta de  amplas produções do Brasil vinha mantendo os preços do café pressionados  para baixo até a virada do ano.

Mas em janeiro o mercado encontrou espaço para uma recuperação, diante da percepção de que a safra brasileira 2014/15  poderá ser bem menor do que se imaginava.

Na quinta-feira, 30 de janeiro, os contratos com entrega em março do café arábica negociados em Nova York fecharam a 120,00 centavos de dólar por  libra-peso, com uma valorização acumulada de quase 10 centavos de dólar em relação ao fechamento de dezembro de 2013 (110,70 centavos de dólar por  libra-peso em 31 de dezembro), ou de 8,4%.

No início de janeiro, exportadoras e tradings reduziram suas estimativas para a produção de café do Brasil na temporada 2014. A Volcafé, unidade de commodities da ED&F Man, diminuiu em 15% sua projeção para a safra brasileira, indicando que a produção será de 51 milhões de sacas. Já a exportadora Terra Forte espera uma safra entre 52 a 54 milhões de sacas.

Já o primeiro levantamento da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab)  para a temporada 2014 apontou que a produção total de café do Brasil ficará  entre 46,53 a 50,15 milhões de sacas. O resultado pode representar entre 5,4%  de redução até 2% de crescimento, se comparado aos 49,15 milhões da safra anterior, considerados arábica e conilon. A maior redução foi observada no café arábica, devido a uma menor área a ser colhida, reflexo do baixo preço da cultura para o produtor, além da inversão da bienalidade em algumas regiões, como na Zona da Mata mineira, além de adversidades climáticas, como a geada que atingiu o Paraná em 2013. Já o conilon apresentou aumento entre 5,5% e 16,2% em função da recuperação da produtividade, devido à forte estiagem ocorrida no Espírito Santo na safra anterior.

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