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Cotações do café divergem nas bolsas internacionais com pressão da safra brasileira

Os preços do café apresentaram movimentos distintos nas bolsas de Nova York e Londres na manhã desta terça-feira (13), refletindo a contínua volatilidade do mercado


Publicado em: 13/05/2025 às 10:45hs

Cotações do café divergem nas bolsas internacionais com pressão da safra brasileira

A queda nos estoques globais, os impactos do clima e o avanço da safra brasileira têm influenciado diretamente nas negociações, enquanto os embarques do produto mostram retração em abril, segundo dados oficiais.

Café arábica recua em Nova York, enquanto robusta avança em Londres

Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), os contratos futuros do café arábica registravam queda. Por outro lado, na Bolsa de Londres (ICE Europe), o robusta operava em alta.

Segundo boletim do Escritório Carvalhaes, os fundamentos do mercado permanecem os mesmos: baixos estoques globais e adversidades climáticas. A chegada do inverno no hemisfério sul intensifica esse cenário. No Brasil, um dos principais exportadores mundiais, os relatos são de estoques praticamente zerados nos armazéns, o que indica um estoque de passagem historicamente baixo para o final do ano-safra 2024/2025, previsto para junho.

Exportações brasileiras de café caem 28% em abril

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) divulgou nesta segunda-feira (12) o balanço das exportações do mês de abril, que apresentaram queda de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram embarcadas 3,093 milhões de sacas no mês passado.

Apesar da redução, o Cecafé avalia que os volumes seguem em patamares elevados. O presidente da entidade, Márcio Ferreira, destacou que, com a entrada da nova safra de arábica prevista para os próximos meses, a tendência é que os embarques diminuam ainda mais nesse intervalo.

“Como tivemos volumes recordes no ano passado, é natural que 2025 registre uma retração. Continuaremos com um cenário apertado, embora com uma safra relativamente próxima à anterior. Com a valorização dos preços desde o ano passado e, agora, com a possibilidade de uma safra recorde de conilon, espera-se um recuo nos preços dessa variedade”, explicou Ferreira.

Ele ainda destacou que esse movimento pode ajudar a conter a alta de preços ao consumidor final, uma vez que já se observa um aumento significativo da participação do café robusta nos blends das principais indústrias em comparação com o ano passado.

Cotações do café nas bolsas internacionais – manhã de terça (13)

Por volta das 9h20 (horário de Brasília), os principais contratos futuros do café apresentavam os seguintes resultados:

Café arábica (Bolsa de Nova York):

  • Maio/25: queda de 245 pontos, cotado a 380,00 cents/lbp
  • Julho/25: baixa de 195 pontos, a 371,00 cents/lbp
  • Setembro/25: recuo de 185 pontos, a 366,60 cents/lbp
  • Dezembro/25: perda de 155 pontos, a 360,30 cents/lbp

Café robusta (Bolsa de Londres):

  • Maio/25: desvalorização de US$ 179, negociado a US$ 5.022/tonelada
  • Julho/25: alta de US$ 24, cotado a US$ 5.076/tonelada
  • Setembro/25: aumento de US$ 24, a US$ 5.037/tonelada
  • Novembro/25: ganho de US$ 23, cotado a US$ 4.984/tonelada

Fonte: Portal do Agronegócio

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