Publicado em: 28/10/2025 às 10:35hs
O Conselho Nacional do Café (CNC) manifestou sua posição após o aguardado encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ocorrido neste fim de semana. A entidade afirmou estar à espera de um comunicado oficial do governo brasileiro para avaliar os desdobramentos da reunião e reiterou a defesa de um acordo comercial justo e equilibrado entre os dois países.
Segundo o CNC, o objetivo é garantir que eventuais mudanças nas tarifas de importação do café brasileiro pelos EUA reflitam a realidade do mercado, evitando prejuízos tanto para produtores quanto para consumidores.
O Conselho destacou que o tema das tarifas deve continuar sendo prioridade nas negociações bilaterais. De acordo com a entidade, o mercado americano é essencial para o café do Brasil, enquanto os consumidores dos Estados Unidos também dependem da oferta do grão brasileiro para atender à forte demanda local.
O CNC ressaltou ainda que as tensões geopolíticas e ideológicas têm impactado as relações comerciais, gerando insegurança e incerteza para o setor cafeeiro, que leva mais de dois séculos de construção e desenvolvimento. “Essas divergências têm penalizado tanto produtores quanto consumidores, colocando em risco o futuro promissor da cafeicultura”, afirmou o Conselho em nota.
A entidade elogiou a atuação das autoridades brasileiras na busca por uma solução que beneficie ambas as nações. O CNC destacou o trabalho conjunto dos órgãos governamentais, incluindo o Parlamento e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que têm se empenhado em preservar as boas relações diplomáticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Segundo o Conselho, o diálogo permanente e a disposição política para avançar nas negociações são fundamentais para garantir um resultado que não penalize os produtores brasileiros.
O CNC também destacou a importância da união entre as entidades representativas do setor na busca por resultados positivos para os produtores. A entidade reafirmou seu compromisso com as cooperativas, que desempenham papel essencial na defesa dos interesses da cafeicultura nacional.
Além das questões comerciais, o Conselho reforçou a necessidade de investimentos contínuos em pesquisa e tecnologia, visando aumentar a produtividade, reduzir custos e manter o equilíbrio entre oferta e demanda. “O crescimento das áreas cultivadas deve ser acompanhado de um planejamento responsável, para não comprometer a sustentabilidade do setor”, alertou.
Encerrando a nota, o CNC expressou confiança de que o Brasil e os Estados Unidos alcançarão um acordo favorável nas próximas rodadas de negociação. Ao mesmo tempo, a entidade defendeu a ampliação do acesso a novos mercados internacionais, fortalecendo a posição do café brasileiro no cenário global.
Fonte: Perspectivas para o futuro do café brasileiro
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