Publicado em: 11/08/2020 às 09:20hs
Os agricultores da Colômbia deverão colher até 7,8 milhões de sacas de 60 quilos de café no principal momento da safra do país, ao passo que tomam medidas de biossegurança para evitar a disseminação do novo coronavírus, disse o presidente da federação local de cafeicultores nesta terça-feira.
O país sul-americano, maior produtor global de café arábica lavado, estima uma produção total de 14 milhões de sacas em 2020. No ano passado, a produção atingiu 14,8 milhões de sacas, maior nível em 27 anos, impulsionada pelo aumento na produtividade e pelo clima favorável.
A Colômbia registrou até o momento quase 380 mil casos de coronavírus, com mais de 11 mil mortes.
A indústria cafeeira adotou medidas como o uso de máscaras, luvas, álcool em gel e distanciamento social para atender aos requisitos governamentais durante a primeira colheita do ano, quando a produção foi de 6,2 milhões de sacas.
“Vamos colher entre 7,5 milhões e 7,8 milhões de sacas”, disse o presidente da Federação Nacional de Cafeicultores, Roberto Vélez, em uma entrevista coletiva virtual, citando os altos níveis de floração como o prenúncio de uma boa safra.
Cerca de 165 mil trabalhadores serão necessários para a colheita, que começará no final de agosto, disse ele. Alguns são trabalhadores locais, mas outros viajam entre as fazendas em ônibus e caminhões, aumentando os riscos do coronavírus.
“Temos que tentar garantir, de toda forma possível, que não espalhemos o coronavírus pelas regiões cafeeiras”, disse Vélez, que não citou dados sobre as taxas de infecção nessas áreas.
O cultivo de café cobre cerca de 855 mil hectares na Colômbia, sustentando mais de 500 mil famílias.
Embora os preços atuais do produto no mercado de Nova York sigam baixos, a cerca de 1 dólar por libra-peso, Vélez reconheceu que os produtores se beneficiaram da desvalorização do peso colombiano e de um prêmio para a qualidade, de 55 centavos a 60 centavos de dólar por libra-peso.
Fonte: Reuters
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