Publicado em: 09/09/2025 às 14:00hs
A colheita de café 2025 na região da Alta Mogiana, em São Paulo, encerra-se com resultados abaixo do esperado devido a condições climáticas adversas. Estiagens prolongadas e altas temperaturas provocaram uma redução de produtividade que, para muitos produtores, chegou a 20% a 30% em relação às projeções iniciais.
Segundo o cafeicultor e especialista do setor Rafael Stefani, a falta de chuvas entre o final de 2024 e início de 2025 impactou diretamente a florada do café. "Mesmo com a retomada das chuvas em outubro, o florescimento não vingou por conta das altas temperaturas e da seca prolongada de seis meses", explica.
Além disso, um período de estiagem em fevereiro, que durou mais de 30 dias, afetou a granação dos frutos, resultando em grãos menores e menos pesados. "Para produzir uma saca, foi necessário utilizar mais grãos, pois o café ficou mal granado. Esse problema não foi exclusivo da Alta Mogiana, afetando outras regiões produtoras do país", acrescenta Stefani.
A menor produtividade aumentou o custo de produção para os cafeicultores. Com grãos menos pesados e menor rendimento por planta, os produtores precisaram de maior quantidade de frutos para alcançar o peso padrão de uma saca, pressionando economicamente as lavouras.
Apesar do cenário desafiador, a safra apresentou sinais positivos. Chuvas esporádicas em maio e julho ajudaram a reduzir o estresse hídrico das plantas, deixando-as mais saudáveis e com maior vigor. Stefani avalia que essas condições oferecem uma perspectiva de melhora para a colheita de 2026, com lavouras mais preparadas para enfrentar oscilações climáticas.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias