Publicado em: 08/03/2013 às 19:10hs
A polêmica "avaliação sensorial", que estava prevista na nova legislação, foi retirada e o próximo passo será a discussão da regularização e fiscalização da classificação do café, visando a garantia da qualidade do grão torrado e moído.
O presidente da Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, Breno Mesquita, ressalta a importância da definição de uma normativa para a classificação do produto para o consumidor. Segundo ele, o pedido era para que apenas a "análise sensorial" fosse revogada, mas a regra acabou sendo anulada na sua totalidade e preocupou o setor. “Já existe um paradigma de que o café do Brasil é misturado com outros subprodutos e não possui qualidade. Em alguns casos isso até pode acontecer, contudo, o consumidor tem o direito de saber o que ele está tomando”, avalia.
Nos próximos 90 dias, o assunto será debatido dentro de um Grupo de Trabalho – organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) – que ficará responsável por apresentar uma proposta durante a próxima reunião do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC).
A IN nº 16 deveria ter entrado em vigor em fevereiro de 2011, mas nunca saiu do papel. A norma previa a análise de impureza e umidade do café, mas incluía a "avaliação sensorial" no processo. Conforme Mesquita, o procedimento deveria classificar o produto pelo sabor e pelo aroma, mas precisaria de um período de adaptação para ser exigido. “Além de o degustador precisar de muitos anos de experiência, as percepções sensoriais são diferentes de uma pessoa para outra, o que poderia afetar a credibilidade da avaliação. É necessário treinamento e pelo menos uns dois anos de preparação para colocar isso em prática”, ressalta o Presidente da Comissão Nacional de Café da CNA.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA
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