Publicado em: 16/08/2024 às 10:44hs
O mercado físico de café no Brasil inicia esta sexta-feira com um cenário de cautela. A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) mantém o ritmo de valorização observado na quinta-feira, ainda refletindo as possíveis consequências do frio no desenvolvimento das lavouras de café no país. Contudo, a queda do dólar frente ao real pode restringir as negociações destinadas ao mercado internacional.
Na quinta-feira (15), os preços do café no Brasil registraram alta, seguindo o movimento positivo tanto do arábica em Nova York quanto do robusta em Londres. Apesar disso, o volume de negócios permaneceu limitado, com transações envolvendo pequenos lotes. Segundo a Safras Consultoria, a alta no preço do arábica não estimulou muitos vendedores, uma vez que os compradores se mantiveram retraídos, sem alcançar as bases de venda desejadas.
No Espírito Santo, o mercado de conilon também reflete essa cautela. Conforme análise da Safras Consultoria, os compradores não estão acompanhando as elevações registradas na Bolsa de Londres.
No sul de Minas Gerais, o café arábica de boa qualidade, com 15% de catação, foi cotado entre R$ 1.405,00 e R$ 1.410,00 por saca, contra R$ 1.385,00 e R$ 1.390,00 no dia anterior. Já no cerrado mineiro, o arábica de bebida dura, com 15% de catação, foi negociado entre R$ 1.415,00 e R$ 1.420,00 por saca, acima dos R$ 1.400,00 e R$ 1.405,00 registrados anteriormente.
Na Zona da Mata de Minas Gerais, o café arábica "rio" tipo 7, com 20% de catação, teve preço de R$ 1.195,00 a R$ 1.200,00 por saca, comparado aos R$ 1.185,00 a R$ 1.190,00 da véspera. Enquanto isso, em Vitória, no Espírito Santo, o conilon tipo 7 foi cotado entre R$ 1.305,00 e R$ 1.310,00 por saca, superando os R$ 1.295,00 e R$ 1.300,00 de anteriormente.
O clima seco continua beneficiando a colheita de café no Brasil, que avança em ritmo acelerado. De acordo com o acompanhamento semanal da Safras & Mercado, até 13 de agosto, 96% da colheita havia sido concluída, representando um avanço de 4 pontos percentuais em relação à semana anterior. Esse progresso é mais rápido do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 91% da colheita havia sido realizada, e supera a média dos últimos cinco anos, que é de cerca de 93%.
A Safras Consultoria destaca que a colheita do conilon está quase concluída, restando apenas alguns ajustes finais. Já a colheita do arábica alcançou 94% da produção, indicando que também está próxima do fim. No mesmo período do ano passado, 87% da produção havia sido colhida, enquanto a média de cinco anos é de cerca de 89%.
Os contratos futuros de café com entrega em dezembro de 2024 registram uma leve alta de 0,14% na Bolsa de Nova York (ICE), com um acréscimo de 0,35 centavos, cotados a 238,40 centavos de dólar por libra-peso. A posição dezembro fechou em 238,05 centavos, com valorização de 3,40 centavos, ou 1,4%.
O dólar comercial opera em baixa de 0,26%, cotado a R$ 5,4675. O índice do dólar (DXY) registra queda de 0,22%, situando-se em 102,75 pontos.
As principais bolsas da Ásia encerraram o pregão em alta, com Xangai subindo 0,07% e Tóquio registrando um expressivo ganho de 3,64%. Na Europa, o cenário é misto: Paris sobe 0,13%, Frankfurt 0,52%, enquanto Londres cai 0,55%. No mercado de petróleo, o WTI para setembro recua 2,44%, cotado a US$ 76,30 por barril.
Fonte: Portal do Agronegócio
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