Publicado em: 17/10/2025 às 09:30hs
Empresários brasileiros do setor de cafés especiais tiveram oportunidade de ampliar negócios no Japão entre 24 e 27 de setembro, durante a SCAJ World Specialty Coffee Conference and Exhibition 2025, a maior feira do segmento na Ásia. As ações envolveram também a rodada de negócios "Taste of the Harvest", que reuniu 53 importadores japoneses convidados em Tóquio.
Segundo a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), a participação brasileira pode resultar em US$ 70,125 milhões em negócios, sendo US$ 7,180 milhões já fechados presencialmente e outros US$ 62,945 milhões projetados para os próximos 12 meses.
Durante as atividades, os empresários realizaram 722 contatos comerciais, dos quais 297 foram com novos parceiros, ampliando oportunidades no mercado asiático. Essas ações fazem parte do projeto setorial "Brazil. The Coffee Nation", promovido pela BSCA em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
No evento, que recebeu 96 mil visitantes e contou com 450 expositores de diversos países, o Brasil se destacou com um estande completo:
A rodada "Taste of the Harvest" permitiu que empresários brasileiros apresentassem 25 lotes certificados pela BSCA a importadores japoneses. Segundo Vinicius Estrela, diretor executivo da BSCA, “foi uma oportunidade única para contato direto com compradores, fortalecendo relações e abrindo novas frentes comerciais em um dos principais mercados de cafés especiais do Brasil”.
O Japão está consolidado entre os principais compradores de cafés brasileiros. Em 2024, o país importou 2,211 milhões de sacas, representando 4,4% do total de embarques e ocupando a quinta posição no ranking global. Deste total, 14,6% correspondem a cafés especiais, ou 323 mil sacas, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Nos oito primeiros meses de 2025, os japoneses adquiriram 1,671 milhão de sacas, sendo o quarto maior comprador do período. Destes, 15,9%, ou 265 mil sacas, são cafés especiais.
Diante das incertezas do mercado internacional, como a tarifa aplicada pelos Estados Unidos sobre o café brasileiro, Vinicius Estrela reforça a importância de fortalecer relações com parceiros tradicionais e explorar novos mercados:
"É crucial que sigamos estreitando laços e ampliando mercado com novos e tradicionais parceiros dos cafés especiais do Brasil, como o Japão."
Fonte: Portal do Agronegócio
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