Publicado em: 26/09/2025 às 19:20hs
O mercado de café viveu uma semana de alta volatilidade nas principais bolsas mundiais, com o arábica em Nova York e o robusta em Londres registrando fortes oscilações. Apesar do sobe e desce nos preços, o balanço semanal foi negativo, refletindo diretamente no mercado interno brasileiro.
As previsões de chuvas sobre o cinturão cafeeiro brasileiro ajudaram a aliviar preocupações sobre a abertura das floradas, que determinarão a safra de 2026. Especialistas destacam que a umidade efetiva no solo e as precipitações esperadas para o final de setembro e outubro favorecem o desenvolvimento das plantas e mantêm a expectativa de bons rendimentos.
O mercado também acompanha as negociações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos, após o aumento das tarifas sobre as importações brasileiras de café promovido na gestão Trump.
O “tarifaço” pressionou inicialmente os preços em Nova York, já que o Brasil é o maior fornecedor de café para os EUA, e a disponibilidade restrita elevou a tensão sobre os estoques certificados da bolsa de NY, que atingiram os níveis mais baixos em 17 meses.
Embora haja esperança de que o café brasileiro possa ser incluído na lista de exceções com a aproximação diplomática entre os presidentes, não há definições oficiais até o momento.
Entre os dias 18 e 25 de setembro, o café arábica para dezembro em Nova York caiu de 380,85 para 371,35 centavos de dólar por libra-peso, recuo acumulado de 2,5%.
O robusta para novembro em Londres apresentou queda mais acentuada, de 7,9% no mesmo período.
No Brasil, a volatilidade internacional refletiu em negociações mais cautelosas. Produtores, capitalizados, se afastam de vendas nos momentos de baixa, mas as cotações internas também recuaram:
O cenário evidencia um mercado ainda sensível às oscilações externas, com compradores e vendedores aguardando estabilidade nas bolsas internacionais antes de avançar nas transações.
Fonte: Portal do Agronegócio
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