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Café registra alta moderada com mercado atento à taxação dos EUA sobre o produto brasileiro

Preocupações com tarifas americanas impactam as negociações, mas preços do café mantêm crescimento contido no cenário internacional


Publicado em: 31/07/2025 às 11:20hs

Café registra alta moderada com mercado atento à taxação dos EUA sobre o produto brasileiro

Os preços do café operavam em alta moderada nas bolsas internacionais na manhã desta quinta-feira (31), refletindo a volatilidade do mercado após a confirmação de que o produto brasileiro será taxado nos Estados Unidos. A decisão impacta diretamente as negociações e gera incertezas no setor.

Café fica de fora da lista de isenção tarifária dos EUA

Após dias de expectativa quanto a uma possível isenção, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que exclui o café brasileiro da lista de produtos isentos de tarifa. Com isso, a partir desta sexta-feira (1º), as importações de café do Brasil passarão a ser taxadas, medida que pressiona o mercado e aumenta a instabilidade nas cotações.

De acordo com boletim do Escritório Carvalhaes, será necessário aguardar mais detalhes da ordem executiva para avaliar com maior precisão os efeitos da medida sobre os negócios internacionais do café.

Safra 2025 também influencia o cenário

Outro fator que contribui para a oscilação dos preços é o início da entrada da safra 2025, que eleva a oferta e mantém o mercado em estado de atenção. A combinação entre pressão da nova colheita e incertezas comerciais tem gerado movimentos voláteis nas bolsas.

Cotações internacionais do café

Por volta das 9h (horário de Brasília), o café arábica operava com os seguintes ganhos na Bolsa de Nova York:

  • Setembro/25: alta de 630 pontos, cotado a 299,70 cents/lbp
  • Dezembro/25: avanço de 545 pontos, a 292,30 cents/lbp
  • Março/26: ganho de 485 pontos, negociado a 285,30 cents/lbp
  • Já o café robusta, na Bolsa de Londres, também apresentava valorização:
  • Setembro/25: aumento de US$ 41, cotado a US$ 3.452/tonelada
  • Novembro/25: ganho de US$ 28, a US$ 3.373/tonelada
  • Janeiro/26: alta de US$ 40, também a US$ 3.373/tonelada

Apesar da instabilidade, o mercado continua monitorando atentamente os desdobramentos da nova política tarifária dos EUA, ao mesmo tempo em que ajusta as cotações de acordo com a entrada da nova safra brasileira. A expectativa é de que mais clareza sobre os efeitos práticos da medida americana seja alcançada nos próximos dias.

Fonte: Portal do Agronegócio

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