Publicado em: 16/05/2025 às 10:31hs
O mercado futuro do café iniciou a sexta-feira (16) com fortes quedas nas bolsas internacionais. Sem novos fundamentos relevantes, os preços são pressionados principalmente pelas expectativas em torno da safra brasileira, que avança lentamente devido ao clima, mas segue com projeções positivas.
Segundo relatório da Pine Agronegócios, o mercado futuro do café continua volátil, refletindo a preocupação dos investidores diante do início da colheita no Brasil. Apesar dos baixos estoques globais, os preços seguem oscilando dentro de uma faixa instável, apontando para um cenário indefinido no curto prazo.
De acordo com o boletim do Escritório Carvalhaes, mesmo com estimativas otimistas para a safra brasileira de 2025, o mercado deverá continuar com oferta apertada no próximo ano-safra, que começa em julho. “Nossos estoques de passagem serão historicamente baixos, e os números mais altos de produção projetados para 2025 indicam uma safra próxima à atual. O equilíbrio precário entre produção e consumo global continuará no ciclo 2025/2026”, destaca o documento.
A colheita brasileira de café atingiu 7% do total estimado até a última terça-feira (13), segundo a consultoria Safras & Mercado. O ritmo, porém, está mais lento que nos anos anteriores, principalmente devido às chuvas em algumas regiões.
O consultor Gil Barabach explicou que muitos produtores optaram por adiar o início dos trabalhos, esperando uma melhor maturação dos frutos ou a redução da umidade. “Apesar do avanço mais lento, a safra de conilon/robusta segue promissora, especialmente no Espírito Santo. Já no caso do arábica, os trabalhos estão ainda mais atrasados devido à maturação tardia e às chuvas”, afirmou.
Por volta das 9h (horário de Brasília), os contratos futuros do café apresentavam as seguintes quedas:
Café arábica
Café robusta
O mercado permanece atento ao ritmo da colheita no Brasil e às condições climáticas nas principais regiões produtoras. A evolução desses fatores será determinante para os preços nas próximas semanas, em um cenário ainda marcado por incertezas quanto ao balanço global entre oferta e demanda.
Fonte: Portal do Agronegócio
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