Publicado em: 18/07/2025 às 18:00hs
O consumidor brasileiro enfrentou em junho novos aumentos nos preços de itens básicos e tradicionais, segundo o levantamento “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, realizado pela Neogrid, empresa especializada em inteligência de dados para a cadeia de consumo. Destaques como café, carne bovina e cerveja puxaram o valor da cesta para cima, especialmente na região Sudeste.
No acumulado mensal, o café em pó e em grãos teve aumento de 3,3%, com o preço médio saltando de R$ 74,18 para R$ 76,62. Já a carne bovina também subiu 3,3%, passando de R$ 38,53 para R$ 39,80.
A cerveja e a farinha de trigo registraram alta de 2,5%, enquanto a margarina ficou 2% mais cara. De acordo com a Neogrid, essas variações são resultado da combinação entre oferta reduzida, alta demanda internacional, custos de insumos e transporte, além de efeitos cambiais.
“O consumidor continua sentindo no bolso a pressão de produtos essenciais, principalmente proteínas e itens do café da manhã, como café e margarina”, afirma Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos da Neogrid.
Mesmo durante a colheita do café (maio a agosto), a oferta global segue abaixo da demanda, mantendo os preços elevados. No caso dos ovos, o impacto se deve aos custos de produção e ao ritmo acelerado das exportações.
Apesar das altas em itens tradicionais, alguns alimentos ligados às refeições do almoço apresentaram queda de preços em junho. Os legumes recuaram em média 5,1%, passando de R$ 6,34 para R$ 6,02.
Também houve redução nos preços de:
Essas quedas ajudaram a amenizar o impacto da inflação sobre a cesta de compras no mês.
Entre dezembro de 2024 e junho de 2025, o café se destacou como o produto com maior aumento acumulado, com alta de 42,2%. Na sequência, aparecem:
Na região Sudeste, os itens com maiores elevações de preço em junho foram:
Já os produtos que apresentaram as maiores quedas de preço na região foram:
O mês de junho trouxe um cenário misto para o consumidor, com aumentos expressivos em itens básicos como café e carne, ao mesmo tempo em que alimentos essenciais para o preparo das refeições, como legumes, arroz e feijão, apresentaram queda. O comportamento dos preços reflete uma combinação de fatores econômicos e sazonais que seguem influenciando diretamente o poder de compra das famílias brasileiras.
Fonte: Portal do Agronegócio
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