Publicado em: 25/09/2025 às 11:40hs
Os contratos futuros de café registraram movimentos opostos nas bolsas internacionais na manhã desta quinta-feira (25). Sem novidades relevantes que alterem os fundamentos, o setor segue pressionado por fatores como os baixos estoques, as condições climáticas irregulares que levantam preocupações sobre a safra 2026 no Brasil e o impacto do tarifaço imposto pelos Estados Unidos.
Segundo informações do Barchart, as tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos às importações de café brasileiro resultaram em forte redução dos estoques na ICE. Diante do cenário, compradores americanos estão cancelando contratos de aquisição, o que restringe a oferta no mercado interno norte-americano. Atualmente, cerca de um terço do café verde consumido nos EUA tem origem no Brasil.
As previsões de chuvas intensas até o final de setembro nas Terras Altas Centrais do Vietnã, principal região produtora do país, podem prejudicar o desenvolvimento das cerejas de café antes da colheita, pressionando os contratos negociados em Londres.
Apesar disso, a Bloomberg aponta que o Vietnã deve colher a maior safra de robusta em quatro anos, impulsionada pelas boas condições climáticas anteriores. A produção da temporada 2025/26 deve alcançar 1,76 milhão de toneladas, de acordo com a estimativa de sete agentes do mercado consultados pelo portal. Esse aumento pode aliviar a oferta global após duas safras abaixo do esperado e reduzir a pressão sobre os preços, que subiram 42% no último mês.
Por volta das 9h (horário de Brasília), os futuros do café arábica registravam alta em Nova York. O contrato para dezembro/25 subia 85 pontos, cotado a 368,60 cents/lbp. Já o contrato de março/26 avançava 70 pontos, a 349,10 cents/lbp, enquanto o de maio/26 tinha alta de 40 pontos, negociado a 335,80 cents/lbp.
No mercado londrino, os contratos do robusta operavam em queda. O vencimento de novembro/25 recuava US$ 54, cotado a US$ 4.165/tonelada. O contrato de janeiro/26 perdia US$ 40, para US$ 4.145/tonelada, enquanto o de março/26 recuava US$ 31, negociado a US$ 4.102/tonelada.
Fonte: Portal do Agronegócio
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