O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e o Simepar emitiram nesta segunda-feira (15/09) o último boletim do serviço Alerta Geada deste ano. Cafeicultores que amontoaram terra no tronco dos cafeeiros devem retirar a proteção, procedimento que deve ser feito com as mãos para evitar danos às plantas, recomendam os pesquisadores.

Instrumento - Implantado em 1995, o Alerta Geada opera entre os meses de maio e setembro, com o objetivo de oferecer aos produtores um instrumento confiável para decidir sobre a adoção das técnicas de proteção de cafezais. O serviço faz o acompanhamento meteorológico na região cafeeira do Paraná e produz um boletim diário, que pode ser consultado na página do Iapar na internet (www.iapar.br) e pelo telefone (43) 3391-4500.

Emissão de aviso - Quando o monitoramento detecta a aproximação de massas de ar frio com intensidade capaz de causar danos à cafeicultura, o serviço emite então um alerta com 48 horas de antecedência. Caso as condições se confirmem, outro alerta, este de ratificação, é emitido 24 horas depois, para que o produtor adote as técnicas de proteção nas lavouras. Os avisos de Alerta Geada são divulgados pela imprensa e nas redes sociais e, para usuários cadastrados, também via correio eletrônico e SMS no celular.

Baixa intensidade – Como previsto, foi um inverno ameno, nenhum alerta foi expedido. Os mapas com a distribuição das temperaturas podem ser conferidos na página www.iapar.br. “A presença de uma massa de ar quente e seca sobre o Centro-Oeste do Brasil desviou para o oceano as poucas frentes frias que chegaram ao Paraná, o que resultou em pouca chuva e temperaturas altas para a estação”, esclarece a meteorologista Angela Costa.

Lavouras – Consequência das geadas do ano passado, o Paraná conta atualmente com 58 mil hectares de cafeeiros, que devem produzir nesta safra entre 490 a 530 mil sacas beneficiadas, segundo o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura (Seab). Para 2015, o primeiro levantamento de previsão de safra será realizado apenas em novembro, mas o estima-se um potencial de produção superior a um milhão de sacas.