Sinais de que a oferta brasileira de café ainda é confortável levaram alguns investidores a liquidar apostas na alta das cotações. Outros participantes entraram no mercado vendendo contratos quando os preços ficaram abaixo de 170 e 166 centavos de dólar por libra-peso, o que acentuou as perdas. O contrato com vencimento em setembro caiu 5,7%, a 163 centavos de dólar. De acordo com um analista ouvido pela agência Dow Jones, os preços podem recuar ainda mais, para uma faixa entre 145 e 150 centavos. A partir daí, as perdas devem ser limitadas, observou. Desde que alcançou seu pico, em abril, o arábica já perdeu 24%. Porém, ainda acumula alta de 39% no ano.

O algodão cedeu 1,6% e atingiu o menor patamar em dois anos, com a expectativa de que o governo norte-americano eleve hoje sua projeção para a safra do país. Segundo analistas, a estimativa de produção deve ser aumentada em 4,7% e a de exportações, em apenas 2,1%. Isso deixaria os EUA com estoques de 1 milhão de toneladas ao final da temporada 2014/15, um volume 74% maior que o do ciclo atual.

Na Bolsa de Chicago, o milho recuou 1,3%, em meio a estimativas de que a colheita dos EUA neste ano superará o recorde verificado em 2013. Apesar de uma redução de 4% na área plantada com o cereal no país, a safra 2014/15 ainda deve ser robusta devido ao clima favorável à produtividade nas regiões de cultivo.