A onda de vendas no mercado futuro foi desencadeada por comentários de que os danos causados pela seca no Brasil não foram tão grandes quanto se imaginava.

Durante conferência do setor em Nova Orleans acompanhada pela agência Dow Jones, um exportador brasileiro disse que os estragos ficaram limitados a algumas áreas, e estimou a safra deste ano em até 52 milhões de sacas, o que seria um recorde. Ontem, o contrato com vencimento em maio caiu 6,1% e fechou a 174,15 centavos de dólar por libra-peso. Em dois dias, a perda foi de 9,1%, mas o arábica ainda acumula ganho de 57% em 2014. Para alguns analistas, há espaço para uma queda adicional de até 15%.

O algodão recuou 0,5%, após dados fracos de exportação dos Estados Unidos. De acordo com relatório do governo, foram vendidas ao exterior 11 mil toneladas da safra 2013/14 na semana passada, um volume 36% menor que a média das quatro semanas anteriores. Participantes disseram que a alta recente das cotações pode ter inibido a demanda externa.

Na Bolsa de Chicago, o Milho perdeu 1,9%, com a perspectiva de aumento dos estoques nos EUA. Uma pesquisa divulgada na quarta-feira mostrou que a área plantada com o grão no país deve cair 4,7% neste ano. Especialistas observaram, no entanto, que a área colhida pode até aumentar em relação ao ano passado, dependendo das condições meteorológicas.